Piazzale Michelângelo
Localizado do outro lado do rio Arno, na parte mais alta de Firenze, um mirante proporciona uma maravilhosa vista da cidade. Mais conhecido como Piazzale Michelangelo, por ter uma enorme escultura de David, o espaço foi criado em 1869 com uma beleza simplista para oferecer aos turistas um ambiente tranquilo acima Firenze.
Junto à encosta do mirante está o belo terraço de Poggi, uma construção que tinha por objetivo expor obras primas de Michelangelo. Após concluído, o terraço foi transformado no requintado restaurante La Loggia.
Porém o que conta lá de cima não é a possibilidade de fazer uma foto perfeita, mas de poder olhar a cidade que deu origem a grandes gênios da humanidade, uma experiência emocionante e inesquecível. Detalhes não escapam, principalmente os vestígios das antigas muralhas que cercavam a cidade e muitas torres que despontam e espelham seu passado.
Giardino de Iris
Essa área do Piazzale Michelangelo parece um mundo encantado, principalmente entre maio e julho, quando a encosta suave se enche de milhares de rosas e deixam os turistas maravilhados. O Bardini é um maravilhoso jardim, que tem na primavera belas glicínias em flor, que cobrem as pérgulas e enquadram a vista da cidade velha.
Do outro lado do Piazzale Michelangelo, o Jardim Iris está ligado ao concurso botânico internacional que acontece todos os anos. Aberto apenas durante 20 dias por ano no início de maio, no curto período de floração centenas de flores trazem colorido ao Giardino de Iris. Aliás, dizem que o nome Firenze originou dessa flor.
O Museo Stefano Bardini leva o nome de seu idealizador, um comerciante de antiguidades que decidiu transformar sua coleção em um museu e doá-lo para a cidade de Firenze. A sede do museu foi renovada em 1881 para acomodar a exposição, tendo se tornado um museu cívico em 1925.
O antiquário ajudou a espalhar por todo o mundo o mito do renascimento italiano e mostrou um grande interesse não só para as grandes obras-primas, mas também por todas as formas de arte aplicada. O acervo contém mais de 2.000 peças, entre esculturas, pinturas, coleções de medalhas, tapetes, baús e objetos de arte antigos.
Museu Bardini
O Museo Stefano Bardini leva o nome de seu idealizador, um comerciante de antiguidades que decidiu transformar sua coleção em um museu e doá-lo para a cidade de Firenze. A sede do museu foi renovada em 1881 para acomodar a exposição, tendo se tornado um museu cívico em 1925.
O antiquário ajudou a espalhar por todo o mundo o mito do renascimento italiano e mostrou um grande interesse não só para as grandes obras-primas, mas também por todas as formas de arte aplicada. O acervo contém mais de 2.000 peças, entre esculturas, pinturas, coleções de medalhas, tapetes, baús e objetos de arte antigos.
Brasão de Firenze
Fundada pelos etruscos em tempos remotos, Firenze se tornou uma Vila Romana no século 1 a.C., época em que era chamada "Floretia". E por que os romanos lhe deram esse nome? Existem várias hipóteses. Uma delas era o costume dos romanos de dar às cidades, nomes que tivessem significado de sorte e prosperidade. Florida significa: ótima condição, em pleno desenvolvimento etc.
Porém há uma outra hipótese, que parece mais apropriada. É provável que o nome da cidade tenha derivado da Festa Fioraia dedicada a Flora, a deusa romana das flores, da fertilidade e da primavera. Os campos floridos de Iris ao redor do rio Arno poderiam ter inspirado os romanos. Essa flor, conhecida como "Giglio de Firenze", tempos depois serviu de inspiração para o brasão da cidade.
Antigas muralhas
Devido à sua localização estratégica entre Roma e o norte da Itália, no passado Firenze despertou o interesse de diversos povos. Visando sua defesa, no século 1 os romanos reforçaram as muralhas em torno da cidade, pois as antigas construídas há mais de 30 anos eram muito baixas.
Devido aos constantes ataques das invasões bárbaras, entre os anos de 541/544 as muralhas tiveram de ser reforçadas. Apesar disso, no final do século 6 Firenze caiu sob o domínio dos Lombardos, que já tinham conquistado o norte da Itália e da Europa Central. Essa foi considerada a época mais negra da história da cidade.
Quando Firenze se viu livre, as muralhas romanas foram aumentadas três vezes: em 774, em 1078 e em 1284, sendo que a última corresponde ao anel viário atual, que se estende por 8 km. A última muralha foi terminada em 1333 e Firenze pensava estar a salvo das invasões de seus inimigos. Porém o pior ainda estava por vir. Uma terrível inundação cobriu a cidade. Alguns anos depois Firenze teve de enfrentar a terrível peste negra, que assolou toda a Europa entre 1347/1350.
Ao final da Segunda Guerra Mundial em 1944, os alemães receberam a ordem de destruir todas as vias de acesso à cidade, porém nada foi tão desolador quanto o dilúvio de 1966. Embora já tivessem ocorrido outras inundações, nenhuma foi tão terrível como essa. Em alguns lugares a água chegou uns 4 metros acima da rua. Quando as águas baixaram só restava destruição, porém os "Angeli del Fango" ou "Anjos da Lama", composto por voluntários italianos e estrangeiros, ajudaram a recolher as obras de arte dos destroços e recupera-las. Assim Firenze renasceu!
Antigas torres
Quando Firenze se tornou a capital da Itália no século 19, grande parte das muralhas foi destruída para dar lugar às novas construções e ao desenvolvimento da cidade. Porém, ainda é possível admirar alguns vestígios das antigas muralhas e algumas torres.
No passado essas torres serviam como torres vigia, mas também como residências. Muitas foram incorporadas a outras construções ou foram destruídas durante a Segunda Guerra Mundial. Mas ainda há algumas delas, que continuam desafiando o tempo e servem como residências ou comércio.
Torre di San Niccolò
Localizada na Piazza Poggi, a Torre di San Niccolò é testemunha de uma das mais importantes fases da história da cidade, em particular a muralha urbana realizada entre o século 13/14. A muralha projetada por Arnolfo di Cambio era melhor e mais sólida. Sendo a maior de todas, ela tem 160 degraus até o topo. Do alto tem-se uma incrível panorâmica de Florença.
Antigas portas
Também restam algumas das 15 grandes portas que serviam de entrada para a cidade, tal como a Porta San Miniato de 1320 próxima ao Piazzale Michelangelo na Via dei Bastioni; a Porta Romana de 1326 situada no final do Jardim Boboli e a Porta San Niccolò de 1324, que está perto da Ponte San Niccolò.
Do outro lado estão: a Porta al Prato de 1285 localizada próxima à estação, a Porta Alla Croce de 1284 no centro da Piazza Cesare Beccaria e a Porta San Gallo de 1285, que divide as atenções com o Arco do Triunfo na Piazza della Libertà e outras menos conhecidas.
Do outro lado estão: a Porta al Prato de 1285 localizada próxima à estação, a Porta Alla Croce de 1284 no centro da Piazza Cesare Beccaria e a Porta San Gallo de 1285, que divide as atenções com o Arco do Triunfo na Piazza della Libertà e outras menos conhecidas.
Igreja de San Salvatore al Monte
Situada na colina acima do Piazzale Michelangelo, essa igreja é um local muito simples, mas que está inserida numa história interessante. No lado direito da capela-mor está a Capela do Nerli, que contém os restos mortais de Francesco Nerli, um amargo inimigo do Frei Savonarola que foi condenado por heresia.
Na noite em que Savonarola estava sendo preso, o sino da Igreja de San Marco o começou a tocar em rebate. Por isso Nerli resolver punir o sino de bronze, decretando seu exílio na Igreja de San Salvatore. Levado adiante de uma profissão, o sino foi chicoteado ao longo do caminho e colocado em seu novo lugar, onde nunca mais tocou. No século 20, depois de 2.000 anos em exílio, o sino finalmente foi perdoado e levado de volta para o Museu San Marco.
Igreja de San Miniato
Localizada num dos pontos mais altos de Forenze, a Basílica di San Miniato é considerada um dos mais bonitos exemplares da arquitetura românica fiorentina. Como tradição, na basilica os monges realizam missas com canto gregoriano. Tema de muitos mistérios e curiosidades, o registro mais antigo dessa igreja remonta ao ano 783 d.C.
Segundo contam, San Miniato foi um rico armênio e provávelmente um príncipe que se instalara em Firenze. Depois que o imperador romano Decius emitiu um édito para a supressão do cristianismo no ano 250, teve início a perseguição aos cristãos. Miniato foi o primeiro mártir cristão, decapitado e levado para uma pequena igreja. Porém segundo a lenda, depois de ser decapitado São Miniato recolheu sua própria cabeça, cruzou a Arno e subiu o morro onde foi enterrado. Esse é o lugar onde está a basílica dedicada a ele.
A construção da basílica teve início em 1013 sobre o túmulo de San Miniato, mas só foi concluída em 1207. A fachada criada em 1090 foi construída com mármores coloridos. O padrão de mármore verde e branco viria inspirar Alberti, que o replicou na fachada de Santa Croce, no batistério e na fachada da catedral de Firenze. O mosaico na fachada foi adicionado no século 13 e retrata Cristo com Maria e São Miniato.
É maravilhoso o jogo brilhante de luz que se cria quando o sol bate na fachada. Em seu interior as paredes laterais são cobertas com ricos afrescos do século 14/15. Numa das portas da fachada está escrito "Haec est coeli porta", que em latim significa “esta é a porta do céu”. Essa inscrição é uma referência de que essa era a Porta Santa, através da qual os fiorentinos poderiam entrar em contato e se reconciliar com o Céu.
O campanário original da igreja caiu em 1499 e foi substituído em 1523, mas nunca foi concluído. O belo piso é incrustado com mármore e decorado com os símbolos do zodíaco no centro. No dia do solstício de verão - 21 de junho - exatamente ao meio dia, por alguns momentos é iluminado por um raio de sol no signo de Câncer. A redescoberta deste fenômeno astronômico dentro da igreja ocorreu em 2011. Desde então, no dia do solstício o Museu Galileo junto com estudiosos organizam um encontro no local.
Graças ao culto da população, durante a guerra a permaneceu intacta. Por ter sido restaurada com a ajuda dos comerciantes de lã e tecidos, no topo da fachada da igreja foi colocada a escultura de uma águia sobre um saco de lã, um símbolo desta rica aliança. No convento ao lado instalou-se uma comunidade de monges beneditinos. Em 1373 o mosteiro foi concedido aos monges olivetanos, que atualmente produzem um famoso licor vendido em uma loja ao lado da igreja. Imperdível.
Piazza Santo Spirito
Próxima à Porta romana encontra-se a Piazza Santo Spirito, que não faz parte do roteiro turístico tradicional mas é um lugar muito interessante. Sua atmosfera autêntica e animada atrai intelectuais, artistas e boêmios. Durante a semana há sempre bancadas cheias de objetos vintage e produtos alimentares.
Embora seja muito animada durante o dia por conta dos mercados, a praça realmente ganha vida quando chega a noite. De frente para a praça há diversas opções de bares e restaurantes, muitos dos quais com terraços, pátios com mesas, onde pode-se tomar uma cerveja gelada ou um copo de vinho.
A praça foi fundada por volta de 1250 para acolher os fiéis que vinham rezar junto com os frades do convento, que pertencia à Igreja dedicada ao Spírito Santo e deu seu nome à praça. No centro da praça há uma grande fonte octogonal, que tem uma escultura de mármore no centro.
Zona histórica de Santo Spirito e San Frediano, em frente à basílica está um monumento em homenagem a Cosimo Ridolfi, um agrônomo e fundador da Academia de Georgofili, instituição histórica que se dedica ao estudo da economia agrária e geografia na Toscana.
A Basílica foi construída pelo arquiteto Filippo Brunelleschi em 1444, tendo sido sua última obra-prima. A fachada da igreja nunca foi terminada, sendo privada de qualquer tipo de decoração. No entanto, apesar de sua simplicidade, em seu interior há notáveis de obras de arte de artistas como Filippino Lippi e um crucifixo de madeira atribuído a Michelangelo Buonarroti.
À esquerda da igreja encontra-se o "Museo della Fondazione Romano", onde encontra-se o Cenacolo di Santo Spirito, uma verdadeira obra-prima de Andrea Orcagna. A representação da Última Ceia decora o refeitório do convento agostiniano histórico. Vários palácios dessa praça foram habitados no passado por famílias nobres e ricos comerciantes. Entre eles está o elegante Palazzo Guadagni, também chamado de "Palazzo Dei", em homenagem a família responsável pela construção do edifício em 1500.
Basílica Santo Spirito
Zona histórica de Santo Spirito e San Frediano, em frente à basílica está um monumento em homenagem a Cosimo Ridolfi, um agrônomo e fundador da Academia de Georgofili, instituição histórica que se dedica ao estudo da economia agrária e geografia na Toscana.
A Basílica foi construída pelo arquiteto Filippo Brunelleschi em 1444, tendo sido sua última obra-prima. A fachada da igreja nunca foi terminada, sendo privada de qualquer tipo de decoração. No entanto, apesar de sua simplicidade, em seu interior há notáveis de obras de arte de artistas como Filippino Lippi e um crucifixo de madeira atribuído a Michelangelo Buonarroti.
À esquerda da igreja encontra-se o "Museo della Fondazione Romano", onde encontra-se o Cenacolo di Santo Spirito, uma verdadeira obra-prima de Andrea Orcagna. A representação da Última Ceia decora o refeitório do convento agostiniano histórico. Vários palácios dessa praça foram habitados no passado por famílias nobres e ricos comerciantes. Entre eles está o elegante Palazzo Guadagni, também chamado de "Palazzo Dei", em homenagem a família responsável pela construção do edifício em 1500.
Igreja Santa Maria del Carmine
Outra igreja nessa região é dedicada a Santa Maria del Carmine. Apesar da simplicidade exterior, essa igreja tem muita importância histórica. Construída em 1268 como parte do Convento Carmelita, que ainda existe, essa igreja foi danificada por um incêndio em 1771 e internamente reconstruída em 1782.
Nessa igreja está um dos mais altos destaques da pintura de todos os tempos. Os afrescos da Capela Brancacci feitos por Masolino e Masaccio e concluídos por Filippino Lippi depois de sua morte. Todos os artistas fiorentinos do século 14 foram influenciados por essas cenas. A capela foi fundada pela família Brancacci no final do século 14, quando o rico comerciante Felice Brancacci retornou do Egito em 1423. Enquanto eram feitos os afrescos, os pintores viajaram e deixaram a obra inacabada.
Depois do exílio do Brancacci em 1436, devido à sua oposição ao governo, os frades do mosteiro tomaram conta e deram o nome de Capela da Madonna del Popolo. Mais de 50 anos depois, o artista Filippino Lippi concluiu as obras. Algumas pinturas se perderam com o tempo, porém trabalhos de restauração feitos entre 1981/1989 conseguiram recuperar seu esquema de cores claras e brilhantes.
Igreja San Frediano
Junto à margem do rio Arno encontra-se a Igreja de San Frediano, que foi construída sobre as fundações de uma antiga igreja. A obra iniciada em 1600 levou quase 90 anos para ser concluída. Seu interior é decorado com afrescos, assim como a bela cúpula. Porém a fachada permaneceu inacabada.
Palazzo Torrigiani
Nas imediações da Ponte alla Vittória encontra-se o Palazzo Torrigiani, que possui um belo jardim. Tendo pertenciado ao Cardeal Ludovico Torriggiani, após a sua morte passou para seu bisneto Pietro Guadagni, que deu início ao jardim e expandiu a propriedade em 1813.
Além de esculturas simbólicas, o que chama mais atenção é a torre, que parece sair de um castelo de conto de fadas. A torre construída em 1824, com cerca de 40 metros de altura, é encimada por três estrelas. Dizem que seus três níveis se refere às três fases do processo de iniciação do mundo profano para o início da Maçonaria. Mas na prática a torre foi usada como observatório astronômico. Encima existe um deck para observar o céu.
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