Napoli é uma das cidades mais fascinantes da Europa. Romântica, atraente e caótica, a cidade possui um extraordinário patrimônio artístico e cultural. Sua história, sua música e seus encantos naturais estão presentes em todos os recantos.
A cidade nunca perde o esplendor presente em seus elegantes palácios, monumentos, amplas praças e inúmeras igrejas, que tornam a cidade num verdadeiro museu a céu aberto.
É sentir o perfume do manjericão, do alho conservado nos balcões, dos tomates e da pizza napolitana, que é a melhor da Itália. É preciso descrever Napoli mil vezes, pois são muitas as contradições.
Napoli tem uma beleza genuína, pura, absoluta, total... Cantores, poetas, escritores e músicos, cada um em seu tempo tentaram definir Napoli através de suas composições, mas isso è algo quase que impossível. Napoli se descreve por si própria, pois não è somente uma cidade; Napoli è um mundo a parte.
Napoli é o caos do transito, o rumor das motocicletas, o grito das crianças e dos vendedores que fazem de tudo para chamar atenção dos fregueses da feira. Napoli é uma frenesia diária de tudo e de nada. Napoli é um pouco italiana e um pouco estrangeira, uma mistura de muitos povos que ali estiveram.
Passear em Napoli significa passar por caminhos percorridos por grandes mestres da arte e da arquitetura, que transformaram a cidade numa verdadeira obra de arte que espelha o seu passado. Significa ser transportado pelos perfumes e ser abraçado pela aura napolitana, um modo de ser e de viver... E quem visita Napoli, um dia a descobre!...
Principal praça de Napoli e cartão postal da cidade, a ampla Piazza del Plebiscito é margeada por imponentes construções. Local de importantes manifestações culturais e artísticas, é onde as crianças se divertem jogando bola. O nome dessa praça teve origem no plebiscito, que anexou a cidade de Napoli ao Ducado de Saboia em 1860.
Basílica San Francesco di Paola
Quem chega nessa praça logo tem seu olhar atraído pela Basílica San Francesco di Paola, que é uma versão napolitana do Panteão de Roma. Construída em 1817, a fachada curvada e as mais de 30 colunas formam um semicírculo ao redor da praça, emoldurando a maravilhosa basílica.
No interior da basílica há um maravilhoso altar em lápis lazuli, que foi construído em 1641. Imagens de vários santos e muitas pinturas complementam a decoração. Uma impressionante cúpula de 53 metros, com uma janela central, ilumina a igreja.
Palazzo reale
Do outro lado da praça está o Palazzo Reale, um dos quatro palácios que serviram de residência para os antigos reis de Nápoles entre 1730 e 1860. Construído no ano 1600, a fachada contém os brasões reais e 8 nichos externos ocupados por gigantescas esculturas.
As esculturas representam os 8 reis que governaram Nápoli, desde o século 12 até a unificação italiana: Ruggero il normanno, Federico II di Svevia, Carlo I d’Angiò, Alfonso V d’Aragona, Carlo V d’Asburgo, Carlo III di Spagna, Gioacchino Murat ed infine Vittorio Emanuele II di Saboia, que foi o primeiro rei da Itália unida.
Após o Risorgimento o Palazzo Reale se tornou a residência em Napoli dos soberanos da Casa de Saboia. Decorado em 1888, por vontade do rei Umberto I e de sua esposa Margherita di Saboia, a entrada do palácio dá acesso ao Pátio de Honra, onde há uma bela fonte com a estátua da Fortuna, por isso é chamada Fontana della Fortuna.
No interior do Palazzo Reale, de um lado estão os jardins e do outro lado o Pátio das Carruagens e o Pátio do Belvedere. Interessante é caminhar pelas 29 salas e admirar os aposentos reais.
São encantadoras as luxuosas mobílias, esculturas e pinturas e a maravilhosa Biblioteca Nazionale Vittorio Emanuele III. Com 1.500.000 de obras literárias, além de manuscritos e outras obras, essa é uma das três maiores bibliotecas da Itália.
Curiosamente, de Napoli veio uma Imperatriz para o Brasil. Descendente do rei Carlos VII, Teresa Cristina de Bourbon casou-se por procuração em Nápoles com o Imperador D. Pedro II em 1843.
Considerada como a mãe do povo brasileiro, a ela foram feitas inúmeras homenagens, tal como o nome das cidades brasileiras como Teresópolis, Teresina e outras.
Cappella Palatina
Também chamada Cappella Reale dell'Assunta e situada junto ao complexo do Palazzo Reale, na Capela Palatina construída em 1643 há mobiliários antigos e outras peças que fazem parte da história de Napoli. Há também um presépio que contém quase 400 peças, tendo sido modeladas por artistas napolitanos entre os séculos 18 e 19.
Monumentos equestres
Os dois monumentos equestres, que se destacam na praça, são dedicados aos reis Carlo di Bourbon e seu filho Fernando di Bourbon que governaram Nápoles. Com apenas 18 anos de idade, em 10 de maio de 1734 Carlo di Bourbon entrou em triunfo pela velha porta Capuana montado num cavalo.
Família Bourbon
(quadro do Museu Capodimonte)
Foi Carlo de Bourbon que deu início à construção de diversos palácios em Napoli e a um dos palácios mais luxuosos da Europa, o Palácio de Caserta. Também mandou construir o Palácio de Portici, o Teatro San Carlo e o Palácio de Capodimonte.
Renovou o Palácio Real e mandou construir a Fábrica de Porcelana de Capodimonte. Criou a Accademia Ercolanesi e o Museu Arqueológico Nacional de Napoli, que ainda funciona nos dias de hoje.
Durante seu reinado ele estimulou as escavações arqueológicas, época em que as cidades romanas de Herculano (1738), Estábia e Pompeia (1748) foram redescobertas. Seu filho Fernando o sucedeu e governou Napoli em três períodos, entre 1759 e 1816.
Palácios gêmeos
Palazzo Salerno / Palazzo della Preffetura
Em cada um dos lados da Piazza del Plebiscito encontram-se os palácios gêmeos, que surgiram em 1809 após a supressão de antigos mosteiros por ordem do rei Gioacchino Murat.
De um lado está o Palazzo Salerno, que pertenceu entre 1825/1851 a Leopold J.J. Principe de Salerno, filho do rei Ferdinando I.
Com a anexação de Napoli ao recém-formado Reino da Itália em 1860, o palácio tornou-se a sede do comando militar das províncias napolitana. O outro é o Palazzo della Prefettura.
Gran Caffè Gambrinus
No piso térreo da Prefeitura de Napoles encontra-se o histórico Gran Caffè Gambrinus, que é considerado um dos cafés mais encantadores e elegantes do mundo.
Fundado em 1850, originalmente era chamado de "Gran Caffè". Devido às suas várias aberturas, também foi conhecido como o "Café das Sete Portas".
Por suas belas instalações passaram reis e rainhas, políticos e artistas famosos, tornando-se um ponto de encontro da aristocracia da cidade, graças ao trabalho de excelentes chefs de pastelaria e bartenders de toda a Europa.
Teatro San Carlo
Junto ao Palazzo Reale encontra-se o Teatro San Carlo, que foi inaugurado em 1737 e inteiramente reconstruído após um incêndio em 1816. Na época era a maior casa de ópera do mundo, com capacidade para mais de 3000 pessoas.
O interior do teatro tem o formato de ferradura, mas sua aparência definitiva surgiu depois de várias reformas. É o primeiro teatro lírico da Europa ainda em funcionamento e um dos mais belos do mundo.
O teatro possui uma rica decoração em dourado e veludo vermelho. Decorado com temas clássicos, há uma ligação direta com o palácio real, mas a entrada oficial se dá pela Via San Carlo.
Galleria Umberto I
Em frente ao Teatro San Carlo encontra-se a famosa Galleria Umberto I, que tem uma maravilhosa arquitetura. Em seu interior é impressionante o teto abobadado de vidro.
Sustentado por 16 arcos de ferro, são maravilhosos os mosaicos com figuras do zodíaco que irradiam do ponto central da galeria.
Nomeada na época da construção em 1891 em homenagem ao rei Umberto I, em seu interior há boutiques de grife, elegantes cafés, sorveterias e um frenético movimento.
Giardini del Molosiglio
Ao lado do Palazzo Reale encontra-se o Giardini del Molosiglio, uma grande área verde que foi construída em 1920 para embelezar a área costeira de Napoli.
Seu nome deriva do termo espanhol Molosillo, que significa "pequeno cais". Dentro desse parque estão belas fontes monumentais, como a Fontana dei Papiri, Fontana das Conchas e a Fontana dei Leoni.
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