26 outubro 2019

Napoli 12 Museus científicos



MUSA - Museu Universitário delle Scienze e Arti 

Entre os museus existentes junto ao Museu Arqueológico, destacam-se os museus científicos, entre os quais o MUSA - Museu Universitário delle Scienze e Arti que oferece uma verdadeira viagem no mundo da anatomia. 

Muito interessante para quem se interessa por medicina ou tenha curiosidades a respeito do corpo humano, nesse museu existem algumas peças muito especiais. 

Enriquecido com alguns crânios encontrados durante as escavações arqueológicas de Pompeia, como as famosas cabeças das Valquíria, há também informações sobre técnicas de enterro, como o Footballs usado durante as epidemias do século 19. 

Instalado no Complesso di Santa Patrizia, do qual faz parte a Università degli Studi della Campania Luigi Vanvitelli, embora seja um museu fascinante não é recomendável para crianças ou pessoas muito sensíveis, já que algumas peças da exposição tratam de mal formações e outras anomalias. Destaca-se uma pequena mesa feita com órgãos do corpo humano.





MAS - Museu Storia da Medicina / Farmacia 
Ospedale degli incurabile 

Outro museu interessante é o histórico hospital fundado em 1521 pela nobre catalã Maria Lorenza longo, que teria sido vítima de uma doença que a paralisou, por isso o hospital é dedicado ao doente incurável. 

Chamado anteriormente de Ospedale degli incurabile e destinado a ajudar os pobres e doentes, desde 2010 se tornou o MAS - Museu Storia da medicina, onde estão documentos, mobiliário, esculturas e instrumentos hospitalares, além da farmácia, a Igreja do povo e o Jardim Medici.






Ainda em funcionamento o hospital possui uma ampla biblioteca e quatro salas de exposições, mas também preserva algumas lendas e histórias macabras. 

Conta-se que na época de sua fundação a cidade foi atingida pela peste e outras doenças infecciosas, por isso muitas ordens religiosas e membros da nobreza napolitana tentaram dar conforto e ajuda à população. Isso explica o grande número de conventos e hospitais. 

Graças a muitas doações, durante o século 17 o complexo foi ampliado e dividido em dois salões, um laboratório e uma sala de recepção. As paredes dos quartos são cobertas por armários de nogueira e os pisos são de azulejos em majolica e terracota. 

Cada seção tem prateleiras contendo vasos policromados, originalmente datados de 1747-48 retratando cenas bíblicas. Esses vasos perfeitamente preservados contêm pomadas, xaropes e outros remédios.






O teto da farmácia é decorado com afrescos representando cenas da guerra de Tróia. O pátio possui duas fontes históricas, as escadarias monumentais e o "poço louco", um poço onde as pessoas em um estado de agitação eram abaixadas para acalmá-las. 

Por muitos séculos, a medicina foi considerada uma bruxaria, com muitos remédios obscuros e rituais sinistros. A farmácia ainda contém algum mistério na arquitetura, como as figuras escondidas e símbolos em mármore nas decorações das portas, arquitraves e colunas.






Acredita-se que sejam símbolos maçônicos. O Museu da história da medicina e da saúde documenta o desenvolvimento e as descobertas da medicina ao longo dos séculos. Na verdade, ele mostra como eram avançados os remédios em Nápoles no século 16 em comparação com o resto do mundo na época.

Na exposição existem muitos instrumentos e artefatos cirúrgicos raros, como uma farmácia portátil do século 18, garrafas de alimentação e um dos elencos mais detalhados do corpo humano, datado de 1730-40. Esse modelo foi usado por estudantes de medicina e mostra perfeitamente as veias, os ossos e os músculos.






Também interessante são as máscaras que os médicos usavam para atender aos pacientes atingidos pela praga que assolou a população em 1656. Considerada castigo divino, a Peste Negra foi uma das maiores epidemias que assolou a humanidade. Iniciada na China em 1330, a epidemia se alastrou pela Europa, matando 25 milhões de pessoas. 

Na época da grande epidemia, com receio da contaminação muitos médicos fugiram e deixaram os doentes a cargo dos frades e freiras. Ao levarem os doentes para serem tratados nos conventos, a doença vitimou centenas de religiosos.





Museu de Paleontologia 

Para quem se interessar, há também o Museo di Paleontologia. Localizado  no Largo San Marcellino, junto ao Mosteiro dei Santi Marcellino e Festo construído entre 1567 e 1595, é considerado um dos lugares mais bonitos da arquitetura de clausura.

Nos corredores do museu você pode ver os pisos de valor extraordinário. Parte do atual patrimônio paleontológico remonta ao início de 1800, destacando-se a Sala dos Dinossauros. Uma bomba incendiária lançada durante a Segunda Guerra Mundial destruiu parte de uma importante coleção de peixes.





Museu de Antropologia

A um quarteirão adiante, na Via Mezzocanone encontra-se o Real Museu de Antropologia. Criado em 1881 pela Universidade de Nápoles e aberto ao público pela primeira vez em 1994, as salas de exposições estão localizadas no histórico Colégio Massimo dei Jesuítas. 

As coleções do museu documentam paleobiologia e a pré-história dos povos do sul da Itália, mas também há coleções arqueológicas pré-históricas de todas as partes do mundo. Herança inestimável são os esqueletos humanos epipaleolíticos datados de 11000-12.000 anos atrás. Há também esqueletos de mamíferos e alguns instrumentos muito antigos.





Museu Zoológico

Também localizado no primeiro andar do Collegio Massimo dei Gesuiti, o Museu Zoológico em seus dois séculos de história reflete cultura naturalista. Entre os espécimes do maior interesse histórico e científico estão: a pomba da Ilha Norfolk agora extinta e a coleção de macacos sul-americanos. Há também coleções composta por mais de 30.000 espécimes de moluscos, crustáceos e peixes.





Museo Mineralogico

O Real Museo Mineralogico tem sede na prestigiosa Biblioteca del Collegio Massimo dei Gesuiti. Instituído por Ferdinando IV di Bourbon em 1801, o que o distingue de outros museus é que desde a sua criação se dedica exclusivamente ao fascinante mundo dos minerais. 

As 25.000 exposições são divididas em várias coleções, sendo composta por minerais de muitos lugares no mundo, algumas de beleza e grandeza raras. Alguns cristais tem formas perfeitas, entre eles se destaca um par de cristais de quartzo ialino de Madagascar de 482 kg, doados por Carlos III de Bourbon em 1740.





Museo di Fisica

Instituído oficialmente no ano 2000, o Museu de Física hoje ocupa o antigo refeitório do Collegio Massimo dei Gesuiti. Localizado na Via Mezzocannone, há instrumentos de várias épocas.










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