09 outubro 2019

Napoli 3 a orla de Napoli



Porto de Napoli

À frente da Piazza del Municipio ergue-se o Porto de Napoli, que é um dos portos mais importantes da Europa. A maioria do tráfego atual ocorre nos dois cais mais importantes. 

No Pier de Angioino ocorrem os desembarques de médios e grandes navios. Do cais Beverello partem os ferries, que ligam Nápoli com as ilhas do golfo: Capri, Ischia e Procida.






O mar sempre teve destaque na vida de Napoli. Fundada pelos gregos que aportaram na Ilha de Ischia no século 9 a.C., foi através do mar e de seu porto, que obteve sua riqueza. 

Construída a poucos metros de Paleópolis ou "cidade velha", o novo local recebeu o nome Neapolis, que significa «Cidade Nova». Daí surgiu seu nome atual: Napoli.





 Lendas de Napoli

Além de sua beleza, Napoli preserva uma magia envolta em misteriosas lendas. Há uma lenda que relaciona a criação da cidade a uma sereia. Na mitologia grega as sirenas ou sereias eram descritas como parte mulher e parte pássaro. Elas eram belas jovens, mas por desprezarem os prazeres do amor, Afrodite as transformou.  

Abrigadas nas rochas marinhas, viviam as sereias Paternope e suas irmãs Ligeia e Leucosia. Os marinheiros tinham muito medo delas, pois ao ouvir seus cantos elas enfeitiçavam os homens e os faziam mergulhar e morrerem afogados no mar. Após a Guerra de Troia, Odisseu ou Ulisses - o Rei de Ítaca - iniciou uma viagem de dez anos de volta para Ítaca.






A viagem dos argonautas mereceu a criação por Homero do poema épico Odisséia, no qual narra as aventuras e desventuras de Odisseu e sua tripulação. Eles foram advertidos por uma feiticeira, para que os marinheiros colocassem cera nos ouvidos.  

Odisseu amarrou-se ao mastro do navio, pois ele queria ouvir o canto das sereias e assim vencê-las. Assim eles passaram ilesos. Com o truque de Odisseu, as sirenas se transformaram nas ilhas Sirenusas, nas costas da Campania. O corpo de Partenope foi lançado à costa, onde lhe ergueram um túmulo. Nesse lugar nasceu a cidade de Partenope, onde posteriormente nasceria Napoli.






Reverenciada como uma deusa protetora da cidade, Partenope está muito presente em Napoli, seja na Università Partenope, seja como Via Partenope, Partenope Bar, Hotel Partenope. Portanto, a memória da sereia ainda continua viva na cidade. 

Há outra lenda que envolve a sereia Partenope, que conta sobre o refúgio da sereia no Goldo de Nápoles. Graças à intervenção de Eros e seus dardos mágicos, ela teria se apaixonado por um centauro chamado Vesúvio. 

Porém Zeus, o poderoso deus do Olimpo, queria conquistar Partenope e resolveu separar os amantes para sempre. Para se livrar do rival, Zeus teria transformado o centauro num vulcão. Impedida de tocar seu amante, Partenope morreu nas margens da ilha de Megaride, onde encontra-se o Castel dell' Uovo.





Castel dell'Uovo

De fato, o castelo encontra-se à beira mar, bem de frente para o Vesúvio. Localizado na orla de Napoli, até o início do século 16 o Castel dell'Uovo era usado como residência pelos reis de Nápoles. 

O nome do castelo está relacionado com uma antiga lenda. Conta-se que o poeta Virgílio escondeu no castelo um ovo mágico. Caso ele fosse quebrado, não só o castelo desabaria como também a cidade passaria por uma série de catástrofes.






Originado a partir de uma esplêndida vila, que era a residência de Licinio Luculo, através dos anos foi surgindo a fortificação, até que em 1140 Rudgero - o Normando conquistou Napoli e fez do castelo a sede de seu governo. 

Quase 100 anos depois, Frederico II do Sacro Império Romano-Germânico fez dele a sede do tesouro real e mandou construir as torres: Torre de Culeville, Torre Mestra e a Torre do Meio. 

Em certa época o castelo teve funções militares e serviu de prisão. Um projeto de 1871 previa a demolição do castelo para dar lugar a uma nova construção. Não tendo sido aprovado o projeto, o castelo permaneceu abandonado, até que em 1975 passou por uma restauração. 

Nas grandes salas realizam-se mostras e manifestações culturais. Em sua base surge está a marina turística de "Borgo Marinari", com muitos bares e restaurantes, bares e a sede histórica de algumas das mais prestigiados clubes náuticos napolitanos.






Nas proximidades do castelo encontra-se o Monte Echia, que faz parte do sítio arqueológico de Napoli. Nele estão restos da grande Villa romana de Licinio Lucullo construída no século 1 a.C., que se estendia até as imediações do Castel dell'Uovo. Ao lado da Villa ergue-se um mirante magnífico, que oferece uma das vistas mais bonitas da cidade e do golfo.





Borgo Marinari 

A animada zona costeira é um dos lugares mais distintos e sugestivos de Napoli. Repleta de bares, restaurantes, pizzarias, tudo é envolto em uma atmosfera especial, longe dos ritmos agitados da cidade e onde parece que o tempo parou. Assim é Megaride, aos pés da mítica fortaleza de Castel dell' uovo. 

A história do Borgo Marinari é identificada com a história de Napoli, desde o desembarque dos colonos gregos. Originalmente destinado a acolher as famílias dos pescadores e marinheiros de Santa Lucia, hoje tornou-se um lugar turístico e principalmente o lar de atividades comerciais. 

Sua aparência antiga mudou a partir do final do século 19, quando á área passou por uma revitalização e foi construída a ponte no mar em 1927. As intervenções trouxeram um cenário pitoresco à área, com os pequenos barcos de pescadores na Marina.





Orla de Napoli

No passado, os cascos azuis dos contrabandistas de cigarros costumavam aportar ali. Hoje tornou-se um lugar agradável para aqueles que querem desfrutar de um almoço ao ar livre com vista para o pequeno porto. Nessa atmosfera encantadora, até o vento sopra devagar para não perturbar a beleza do lugar.







A orla de Napoli é o local ideal para caminhadas. Há um longo percurso que começa na Via Nazario Sauro e continua pela Via Partenope e Via Caracciolo. No percurso encontra-se um monumento dedicado ao Imperador Augustus, outro dedicado ao rei Umberto I e a bela Fontana del Gigante.





Fontana del Gigante

A monumental Fontana del Gigante, situada na Via Partenope, remonta ao século 17. Depois de diversas mudanças, finalmente em 1905 a fonte foi instalada no calçadão. Feita em mármore com três arcos e enriquecida com os brasões da cidade, seu destaque são as criaturas marinhas, das quais jorram águas que se acumulam no tanque abaixo.











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