Piazza Dante
Situada no entroncamento entre a antiga entrada de Port'Alba e Via Toledo, a Piazza Dante é marcada pelo monumento dedicado ao poeta italiano Dante Aleghieri. Nessa área de Napoli há atrações imperdíveis, tal como monumentais basílicas e interessantes museus.
O prédio de maior destaque da praça é o internato Vittorio Emanuele, onde funciona uma escola. No alto dessa construção existe um relógio astronômico, que marca o que os cientistas chamam de equação do tempo. Único espécime em toda a Europa, ele é capaz de calcular com precisão o clímax máximo do sol para o Zenith, que comumente chamamos início da tarde.
Construído em 1853 e restaurado em 2008, o relógio tem dois mostradores esféricos. O relógio grande é clássico e marca o tempo convencional, o tempo em que vivemos.
O mostrador menor, posicionado na parte inferior, indica a equação do tempo, cuja metade superior destaca a diferença, positiva e negativa, do tempo médio solar e da hora solar true.
O atraso ou avanço pode variar no máximo 15 minutos. Assim, se estiver a oeste o sol está adiantado, enquanto se for para o leste é tarde. Quando é central significa que o tempo médio e tempo real coincidem perfeitamente e que as 12 horas do nosso relógio é realmente 12 horas (o sol está em seu auge). O Zenith ocorre 4 vezes por ano: 15 de abril, 15 de junho, 1 de setembro e 25 de dezembro.
Porta Alba
Ao lado do orfanato encontra-se a antiga Porta Alba, cuja peculiaridade é abranger em um único espaço, muitas pizzarias antigas e as principais livrarias da cidade. Assim como outras cidades, no passado havia uma muralha que protegia a cidade e a entrada só podia ser feita através de grandes portas.
Houve uma época em que Napoli tinha 27 portas de acesso nas muralhas que cercavam a cidade. Cada porta era nomeada de acordo com as famílias nobres que residiam na área ou a cidade mais próxima.
Naquela época a cidade era dividida em quatro zonas, havendo três estradas principais. Através dos tempos, necessidades urbanas fizeram desaparecer a maioria delas, restando hoje apenas quatro: Porta Alba, Porta Capuano, Porta Nolana e Porta San Gennaro.
A Porta Alba foi aberta na antiga muralha para facilitar a passagem da população, que se mostrava cansada de fazer longas voltas para entrar na cidade. Seu nome é uma hmenagem a quem a ergueu, Don Antonio Alvarez de Toledo - Duque de Alba.
Museo Storico Musicale
Conservatorio di Musica e Igreja San Pietro Majella
Passando pela Porta Alba chega-se ao Museo Storico Musicale, que encontra-se junto ao Conservatorio di Musica e da Igreja San Pietro Majella. O conservatório, que faz parte do Instituto Superior de Estudos Musicais, foi fundado em 1808 e é considerado o conservatório italiano mais antigo ainda em operação, onde pode-se estudar mais de 20 instrumentos musicais.
Sons de piano ecoam pelo ar. Aliás, essa é uma das escolas de música mais prestigiadas da Itália e o Museu de Música mais importante do mundo. No último século o complexo recebeu retratos e instrumentos musicais de personalidades ilustres. Na entrada chama atenção a escultura de instrumentos musicais.
No antigo refeitório do convento há um belo afresco que retrata a alegoria da música. O arquivo histórico permite reconstruir até cinco séculos de música em Nápoles.
Na biblioteca do Conservatório há uma série de manuscritos e autógrafos de Verdi, Rossini, Doninzetti, Mozart, Bellini e Mercadante. No claustro destaca-se a escultura de Beethoven.
A preciosa coleção foi enriquecida graças a um decreto de Ferdinand IV de Bourbon, que em 1795 ordenou que todos os teatros dessem para a biblioteca uma cópia de cada partitura de ópera ou comédia que fosse apresentada.
Depois de meses de restauração, retornou a Napoli o piano de cristal feito no início do século 19 por um artesão Napolitano, que o concebeu durante uma performance no Teatro San Carlo. Esse sofisticado instrumento produz um som especial.
Depois de meses de restauração, retornou a Napoli o piano de cristal feito no início do século 19 por um artesão Napolitano, que o concebeu durante uma performance no Teatro San Carlo. Esse sofisticado instrumento produz um som especial.
Piazza Bellini
Um pouco adiante encontra-se a Piazza Bellini, que é um dos lugares mais interessantes e animados de Napoli. Repleta de bares e restaurantes, por ali se reúnem muitos turistas e é o point do jovens napolitanos à noite.
O centro da praça é marcado pelo monumento dedicado ao grande compositor italiano Vincenzo Bellini. Também fazem parte da praça as ruínas subterrâneas das antigas muralhas da antiga cidade grega de Neapolis.
Palazzo Firrao
Ao redor da praça encontram-se belos palácios, como o mosteiro de Sant'Antonio, que incorpora o Palazzo Conca do século 15. À frente da praça encontra-se o encantador Palazzo Firrao.
Também chamado Palazzo Bisignano, esse palácio é decorado com inúmeras esculturas na fachada, que retratam uvas, leões e cavalos marinhos, mas os elementos mais marcantes são os sete nichos contendo o busto de mármore de alguns dos últimos governantes de Napoli.
A poucos metros da Piazza Bellini está o Teatro Bellini inaugurado em 1878. A fachada repleta de decorações é seu primeiro destaque. Desde a sua construção até o primeiro período pós-guerra, foi o coração da vida cultural da sociedade napolitana.
Após a Segunda Guerra Mundial houve um declínio dos hábitos sociais, deixando o teatro vazio. Anos de declínio foi superado a partir de 1962 e o teatro retomou suas atividades, passando a produzir espetáculos de considerável interesse cultural.
Teatro Bellini
A poucos metros da Piazza Bellini está o Teatro Bellini inaugurado em 1878. A fachada repleta de decorações é seu primeiro destaque. Desde a sua construção até o primeiro período pós-guerra, foi o coração da vida cultural da sociedade napolitana.
Após a Segunda Guerra Mundial houve um declínio dos hábitos sociais, deixando o teatro vazio. Anos de declínio foi superado a partir de 1962 e o teatro retomou suas atividades, passando a produzir espetáculos de considerável interesse cultural.
Basilica di Santa Maria Maggiore alla Pietrasanta
Nessas imediações há várias igrejas, como a Igreja San Domenico Soariano, San Michele Arcangelo e Santa Maria della Mercede e o Complexo da Basílica di Santa Maria Maggiore alla Petrasanta. Dizem que nesse local havia no século 6 uma Basílica Paleocristã, provavelmente sobre um templo dedicado à deusa Diana.
A igreja atual foi erguida a partir de 1653, tendo demorado mais de 20 anos para ser concluída. Severamente danificada durante os bombardeios da segunda guerra mundial, tendo sido totalmente restaurada, o que lhe deu a aparência atual. É chamada Pietrasanta porque em seu interior há uma pedra que concede indulgências.
A torre do sino é do século 11, sendo uma das mais antigas torres de sino da Itália. Nela há inscrições da era romana, que guarda a memória do templo que ali existiu. Na cripta da igreja existem os restos mortais da antiga basílica e fragmentos de um antigo mosaico dos tempos romanos. Também foram encontrados no subterrâneo alguns símbolos dos Templários.
Piazza San Domenico Maggiore
Ladeada por belos palácios, essa praça histórica é um ótimo lugar para saborear um café. Além de ser uma das praças mais movimentadas de Napoli, há também interessantes atrações turísticas para quem aprecia história e arte. Durante o dia há na praça o vai-e-vem contínuo de estudantes, turistas, músicos e vendedores de rua.
No século 17 a aristocracia napolitana começou a construir suas residências junto à praça, o que deu origem a monumentais palácios tal como o monumental Palazzo Saluzzo di Corigliano e o Palazzo Petrucci, que ainda possui sua entrada e seu pátio originais, servindo hoje como um famoso restaurante. Há também outros restaurantes, bares e muitas pizzarias.
Complexo San Domenico Maggiore
Junto à praça encontra-se o Complexo San Domenico Maggiore, que engloba o Convento, a Igreja e o Museo DOMA. A fachada da igreja é voltada para a Piazza San Domenico, onde há também um enorme obelisco dedicado ao santo, que protegeu a cidade libertando-os da grande peste de 1656.
Decorada com muitos afrescos e belas pinturas, a sacrestia da igreja se destaca-devido ao seu mobiliário. Em seu interior estão impressionantes obras de arte renascentista, como afrescos de Cavalli e cópias de obras originais de Caravaggio. Remodelada e restaurada através dos tempos, na parte interna ainda é possível admirar os restos da primeira capela erguida no local no século 10.
Construída em estilo gótico entre os anos de 1273/1324, tornou-se a igreja da nobreza aragonesa e onde está o mausoléu da família. Nessa igreja nasceu a Universidade de Nápoles. Ali viveram, rezaram e trabalharam São Tomás de Aquino, Giovanni Pontano, Tommaso Campanella e Giordano Bruno.
DOMA - Museo dell’Opera San Domenico Maggiore
A ordem dos frades de San Domenico Maggiore criou o DOMA – Museu da ópera San Domenico Maggiore, que guarda a história, a cultura, a arte e a demonstração de fé através dos séculos.
Esse é um itinerário fascinante e único, que inclui a visita à Sacrestia, o salão de móveis sagrados com a coleção de roupas do século 16 e o Salvator Mundi da escola de Leonardo da Vinci.
Os reis aragoneses fizeram dessa igreja seu local de sepultamento, um verdadeiro panteão dinástico, exceto para o rei Alfonso V de Aragão, que morreu em 1458 e teve seus restos mortais transferidos para a Espanha.
Também pode-se visitar a cripta anexa à capela do Rosário pertencente à poderosa família do Carafa de Roccella. A visita culmina com a visita à cela de São Tomás de Aquino.
Monumento deus do Nilo
Há mais de 2000 anos uma comunidade de Alexandria se estabeleceu em Napoli, cuja memória ficou marcada na Piazzetta Nilo ou Corpo de Nápoles, pela estátua do Deus Nilo. Supõe-se que tenha sido esculpida no século 2, porém seu autor é desconhecido.
A divindade que reprresenta o rio sagrado dos egipcios, tem na mão direita uma cornucópia adornada com flores e outros símbolos de prosperidade, enquanto com o seu braço esquerdo repousa sobre uma pequena esfinge, que foi roubada na década de 1950 e recuperada em 2013.
O destino dessa estátua foi sofrido, tal qual a perseguição feita pelo Sacro Império Romano aos cultos e religiões. Remanejada para diversos lugares e enterrada, a estátua foi encontrada somente em 1476 onde encontrou o seu lugar definitivo.
Igreja Sant’Angelo a Nilo
A Piazzetta Nilo está exatamente no entroncamento de importantes ruas da cidade, mas também dá acesso a vielas onde encontram-se construções interessantes. Por ali se encontra as Igrejas de Sant’Angelo a Nilo e San Nicola a Nilo, uma pequena joia de Nápoles que guarda uma magnifica história.
Uma inscrição no portal lateral da Igreja de Sant'Angelo convida os visitantes a entrar para ver o túmulo do Cardeal Rainaldo Brancaccio, feito pelo célebre escultor fiorentino Donatello em 1400.
A aparência atual da Igreja dedicada a San Nicola bispo de Mira, caracterizada por uma escadaria curva. Foi construída em 1705 junto a um complexo, que tinha por objetivo acolher mulheres viúvas e orfãos após a sangrenta sangrenta revolução de masaniello em 1647.
Museu Capella Sansevero
Seguindo a viela próxima à Praça San Domenico chega-se ao Museo Cappella Sansevero, que é considerado um dos melhores museus do mundo. Com uma vasta coleção de arte sacra, esculturas em mármore, figuras e estruturas anatômicas, o delicado trabalho impressiona.
Quem entra na capela logo tem sua atenção atraída pelo afresco que adorna seu teto, conhecido como "Gloria del Paradiso" ou "Paraíso del Sangro". Obra realizada pelo pintor Francesco Russo em 1749, o afresco do teto termina nas janelas, com seis medalhões monocromáticos que representam os santos protetores da casa.
O grande destaque do museu é o conjunto de 28 esculturas em mármore, feitas por diversos artistas do século 18. Organizadas dentro da capela, as peças seguem um projeto iconográfico que foi cuidadosamente estudado por Raimondo di Sangro, Príncipe de Sansevero que faleceu em Nápoles em 1771.
Além de nobre, ele era anatomista, alquimista, inventor, esoterista e escritor, tendo por isso organizado tudo de forma a criar uma atmosfera única. Dez esculturas são chamadas "Virtudes", muitas vezes referido ao mundo da Maçonaria, do qual Raimondo di Sangro foi grão-mestre.
É impressionante a perfeição das esculturas, destacando-se a escultura do "Cristo Velatto". A obra realizada em mármore por Giuseppe San Martino impressiona pelo seu realismo e por sua qualidade técnica.
O corpo da escultura retrata o Cristo recoberto por um sudário esculpido em um único bloco de mármore. Ao observá-la, tem-se a sensação de que o véu não é feito de rocha.
Outra escultura famosa é a "Pudicizia", uma obra que representa uma mulher de formas generosas rigorosamente coberta. Feita por Antonio Corradini, a escultura representa a mãe de Raimondo di Sangro, que faleceu menos de um ano após o nascimento do filho.
A escultura chamada "Disinganno" representa um homem que se livra do pecado. A rede esculpida no mármore que recobre a escultura é surpreendente. Dedicada ao seu pai Antonio di Sangro, a escultura simboliza o pecado, já que seu pai teve uma vida desordenada e arrependendo-se de seus pecados, abraçou a fé e dedicou-se a uma vida sacerdotal. Veja a bíblia a seus pés.
Nas capelas laterais, intercaladas pelas virtudes, estão os monumentos fúnebres de diferentes príncipes e outros expoentes famosos da casa, incluindo o Raimondo di Sangro e seu filho Vincenzo. Na verdade a capela foi construída para servir de mausoléu para a família, já que no passado teve uma passarela que a ligava à residência da família.
O príncipe quis que a capela fosse decorada com obras de significado esotérico. Há quem afirme que em seu interior existam vários símbolos ligados à Cabala.
Um significado relacionado à Maçonaria é visível no monumento dedicado a Cecco di Sangro. A curiosa representação do guerreiro, localizada logo acima da porta da frente da capela, emerge de um caixão, levando à sua interpretação como a do guardião do Templo Maçônico.
Na cripta da capela estão as chamadas "máquinas anatômicas" estudadas pelo príncipe e por Giuseppe Salerno. São dois esqueletos, um masculino e outro feminino, que conservaram íntegros o sistema cardiovascular. As imagens impactantes não deixam os turistas indiferentes. Veias, aistemas arteriais, além dos ossos e dentes, estão completamente intactos.
Raimondo di Sangro era um alquimista com fortes ligações com o mundo da maçonaria e chegou a ser excomungado pela igreja devido às suas experiências com corpos humanos.
Ninguém sabe ao certo como foi possível solidificar o sangue dos esqueletos, mas alguns teóricos acreditam que eles tenham injetado mercúrio nas veias dos cadáveres.
Com uma personalidade extremamente eclética e multifacetada, Raimondo di Sangro se dedicou a experimentação nos mais diversos campos da ciência, da química e das artes, cujos resultados apareceram prodigiosos aos seus contemporâneos. Ainda hoje a Capela Sansevero permanece encoberta por mistérios, mas revela a extrema inteligência de seu criador.
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