Stazione Mergellina
Ao chegar em Mergellina, um prédio que chama atenção é a estação, cuja fachada contém belas esculturas. A partir da estação é possível alcançar várias atrações turísticas da região, mas também conhecer algumas tradições napolitanas.
Igreja Santa Maria di Piedigrotta
Saindo da estação, logo adiante chega-se à Igreja de Santa Maria di Piedigrotta, que foi construída em 1353 e reconstruída em 1853 no ingresso de uma gruta. Daí surgiu o nome da igreja e o nome do lugar: "Piedigrotta ou aos pés da gruta".
Famosa pela Festa di Piedigrotta, conta-se que a primeira igreja foi construída sobre um templo que era dedicado a Priapo, deus da fertilidade. Nesse local rituais eróticos eram realizados, até que os cultos pagãos foram substituídos pelas celebrações cristãs.
Há uma antiga lenda que relata uma grande tempestade, que tornou o mar revolto. Durante a noite o sacristão que tomava conta da igreja percebeu que a santa havia desaparecido do altar. Logo pensou que ela tivesse sido roubada, mas decidiu esperar até o amanhecer para denunciar ao padre.
Ao amanhecer, para sua surpresa, a imagem da santa apareceu na porta da igreja toda suja de areia. Naquela noite alguns pescadores tinham sido salvos de um naufrágio e vieram agradecer à santa. A partir daquele dia, a cada ano em 08 de setembro é realizada uma festa em homenagem à Santa Maria de Piedigrotta.
Igreja de Santo Antônio
Quando a igreja de Santo Antônio em Posillipo foi construída em 1642, esta área era pouco urbanizada, um território quase selvagem dominado pela densa vegetação mediterrânea. A fim de facilitar a caminhada dos peregrinos que queriam chegar à Igreja de Santo Antônio, o Duque de Medina em 1643 ordenou a sua pavimentação.
O Caminho natural da Cruz consolidou o charme do lugar sagrado a ser alcançado. Durante a rota, sobre os telhados coloridos e ruas estreitas descortina-se a beleza de Napoli. No topo das 13 rampas está o terraço de Posillipo, que dá aos espectador, de fato, um espetáculo de tirar o fôlego. Um cartão postal único, que ao pôr do sol se torna mágico...
Parque Virgiliano de Piedigrotta
ou Parque dos Poetas
Continuando a subida, no alto chega-se à entrada para o Parco Piedigrotta. Também chamado Parco dos poetas, junto da ampla vegetação estão: a Tomba de virgilio, a Tomba de Giacomo Leopardi, a Cripta Napolitana, muitos vestígios arqueológicos e terraços de onde se tem maravilhosas vistas de Napoli.
A Tomba do poeta Virgilio, tradicionalmente considerado um dos maiores poetas de Roma e expoente da literatura latina, tem sido visitada há 2000 anos por escritores, poetas e artistas que buscam inspiração ou alguma intervenção divina.
Nascido no ano 70 a.C. e falecido em 19 a.C., dizem que sua saúde sempre foi debilitada, por isso ele mantinha um certo distanciamento social, preferindo apenas a companhia de dois jovens escravos que eram seus amantes. Quando se mudou para Nápoles, começou a escrever poesias.
Perto da entrada do parque está a Tomba ou túmulo do poeta italiano Giacomo Leopardi, cujos restos mortais foram transferidos da antiga igreja de San Vitale a Fuorigrotta em 1939. Uma estrutura clássica marca a Tomba do filósofo nascido em 1798 e falecido em 1837 durante um surto de cólera que se alastrou pela cidade.
Cripta Napolitana
A primeira estrada romana que ligava Napoli aos campos era fácil de ser percorrida, mas era muito longa e também passava pelas colinas íngremes. Devido ao comércio entre as regiões, tornou-se necessário melhorar a estrada. Assim foi criada a Cripta Napolitana, um antigo túnel rodoviário romano construído no ano 37.
De acordo com a lenda medieval, o túnel teria sido construído pelo poeta e mágico Virgílio em uma única noite. Com mais de 700 metros de comprimento o túnel ligava Napoli com os chamados Campi Fregreati e a cidade de Pozzuoli, ao longo da estrada conhecida como Via Domiziana.
A entrada encontra-se no Parque Virgiliano de Piedigrotta, finalizando na região hoje chamada Fuorigrotta. Esses túneis estiveram em uso até serem substituídos por modernos túneis no século 19. Restos de afrescos da antiga capela Santa Maria dell'Idria ainda são visíveis na entrada do túnel, sendo melhor vistos a partir da porção do aqueduto romano Augusta.
Parco Virgiliano de Posillipo
Além do Parco Virgiliano de Piedigrotta, há também o Parco Virgiliano de Posillipo. Inaugurado em 1931, na época foi chamado Parco della Vittoria, depois de Parco delle Rimembranze em homenagem aos mortos na guerra, até que finalmente tornou-se Parco Virgiliano em homenagem ao poeta greco-romano Virgilio.
Construído numa área de 92.000 metros quadrados e em um local estratégico no promontório de Posillipo, a entrada principal fica na Viale Publio Virgilio Marone, uma avenida com grandes pinheiros que levam à suntuosa entrada da era fascista reconhecível por dois grandes brasões de armas nas colunas.
Na entrada há um grande pátio que leva a uma fonte recém-construída até chegar à parte panorâmica mais alta. A rica vegetação dá lugar a centenas de árvores, como carvalhos, oliveiras, carvalhos, plantas de murta, alecrim etc. O parque também inclui áreas de jogos infantis, quiosques, bares e uma instalação esportiva com um campo de futebol e pista de atletismo.
O lugar é agradável para passar um dia de lazer, praticar esportes, corridas ou simplesmente relaxar, apreciando o por do sol com um aperitivo deitado em um gramado tornará o dia mais relaxante. Vários chalés que estão posicionados nas várias entradas, em suma, você pode passar um bom dia com toda a família.
Chegando no topo do parque a cerca de 150 metros acima do nível do mar, há um terraço na cobertura, onde você pode desfrutar de uma das vistas mais completas e fascinantes da cidade.
De seus terraços é possível apreciar o Golfo de Nápoles, as ilhas de Capri, Ischia, Procida e a ilhota de Nisida, a Baía de Trentaremi, o Golfo de Bacoli, Procida, Vesúvio e a Península de Sorrento, Pozzuoli, Capo Miseno até onde sua vista alcançar...
Parque Arqueológico Pausilypon
Posillipo é considerado hoje um bairro residencial de alto padrão, fazendo com que seus terraços panorâmicos sejam invejados. De fato, Posillipo vem do antigo Pausilypon grego, que significa pausa da dor, um termo a ser relacionado com a comodidade do lugar. Tudo isso ainda pode ser visto através dos vestígios arqueológicos do Parque Arqueologico de Posillipo.
A caverna de Seiano é um corredor de 770 metros de comprimento, que liga a via Coroglio com o vale da Gaiola. Ela leva o nome Lucio Elio Seiano, prefeito de Tibério, que teria encomendado no século 1 o alargamento da estrutura.
A primeira escavação havia sido feita 50 anos antes para conectar a villa de Publio Vedio Pollione com outras villas patrícias. Ao longo dos séculos o túnel caiu em desuso e foi esquecido, até ser encontrado aleatoriamente durante a abertura de uma em 1841.
Villa de Publio Vedio Pollion
Na era greco-romana em Posillipo foram erguidas belas villas, como a famosa Villa de Publio Vedio Pollione, no trecho da costa entre Gaiola e Trentaremi, mas também de residências patrícias.
Ao lado da villa, Publio mandou construir um teatro de 2.000 lugares, uma odeon para pequenos shows e um complexo Spa. As estruturas da imponente Villa estendem-se à superfície do mar.
Palácio dos espíritos
São muitas as evidências arqueológicas, como o Parco submerso de Gaiola, a Villa Imperial, a Vila Odeon e o Palácio dos espíritos. Os restos de outros domus romanos podem ser vistos em Marechiaro.
Ao longo da costa também encontra-se a "Escola de Virgílio", onde se acredita que ele praticava artes mágicas. Na Idade Média as moradias costeiras foram se deteriorando e acabaram sendo abandonadas. Enquanto isso nas colinas continuaram a crescer as aldeias.
Ao longo da costa também encontra-se a "Escola de Virgílio", onde se acredita que ele praticava artes mágicas. Na Idade Média as moradias costeiras foram se deteriorando e acabaram sendo abandonadas. Enquanto isso nas colinas continuaram a crescer as aldeias.
Igreja de Santa Maria do Farol
Uma das aldeias nasceu junto aos restos romanos ao redor da igreja de Santa Maria do Farol, que remonta pelo menos ao século 13.
Originalmente chamada de Mare Planum e, em seguida, Marechiaro, essas aldeias na segunda metade do século 16 se juntaram com as novas aldeias de Villanova e Porta Posillipo, enquanto na costa de Mergellina começou a aparecer uma série de residências nobres, os chamados "casinos de delícias"...
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