Piazza della Repubblica
A Praça da República é um dos locais mais movimentados de Firenze. Localizada a apenas duas quadras da Piazza dela Signoria, essa praça existe desde a época romana. Vestígios arqueológicos revelaram que nesse local existiu um complexo romano, que marcava o coração da cidade que surgiu no ano 59 a.C.
Na época medieval a praça mantinha um mercado e também o Ghetto judeu. Ao longo dos anos a praça foi bastante modificada, tendo restado apenas a Colonna della Abbondanza, considerada o umbigo da cidade. A aparência atual da praça é devido a projetos urbanos implementados entre 1865/1871, quando Firenze se tornou a capital da Itália.
A expansão levou à destruição de igrejas, torres e palácios de famílias nobres, porém hoje ela é cercada por diversas lojas e cafés ao seu redor, como o histórico Café Gilli e Café Paszkowski. Palco natural para artistas de rua, as performances de improviso ocorrem ao anoitecer, em meio às risadas das crianças que se divertem no carrossel.
Igreja Orsamichele
Nas proximidades da praça encontra-se a Igreja Orsamichele, que tem seu exterior decorado com diversas estátuas de santos protetores das artes e feitas por diferentes artistas italianos, como Ghiberti, Donatello e Giambologna. Conhecida antigamente como San Michele in Orto, sua aparência é de um castelo medieval.
Na verdade esse local foi originalmente construído para ser um mercado de grãos, já que na época essa zona de Firenze era completamente circundada de campos de cultivo e hortas. A pequena capela que existia tinha o nome de "San Michele na horta", que depois foi abreviado para Orsamichele.
Depois de muito tempo o mercado de grãos foi transformado em igreja, porém manteve os dois andares. O andar superior é ligado ao Palazzo della Lana por uma passarela superior. Algumas partes das estruturas internas não foram modificadas e ainda pode-se perceber as antigas atividades que eram desenvolvidas. Os afrescos no teto e os vitrais floridos são encantadores.
Palazzo della Lana
Um dos lados da Igreja Orsamichele é ligada ao Palazzo della Lana por uma pequena ponte, sendo hoje uma das antigas torres que foram mais preservadas. A torre original pertenceu à família ghibelina Compiobbesi no século 13, que foi derrotada e teve suas propriedades confiscadas.
Desde 1905 a torre é propriedade particular, tendo sido amplamente restaurada. Aliás nessas imediações existem muitas construções antigas, que resistem ao tempo. Entre elas, tem destaque as antigas torres que hoje se tornaram belas residências.
Desde 1905 a torre é propriedade particular, tendo sido amplamente restaurada. Aliás nessas imediações existem muitas construções antigas, que resistem ao tempo. Entre elas, tem destaque as antigas torres que hoje se tornaram belas residências.
Piazza Sant'Elisabetta
Logo adiante escondida em meio a becos encontra-se a Piazza Sant'Elisabeta, onde estão duas grandes torres medievais, que são atrações da cidade. Uma delas é a Torre della Pagliaza, a única em forma cilindrica que restou. Embora esteja escondida num cantinho, é impossível passar por lá e não reconhecê-la. Porém, muitos não sabem de sua história que se perde no tempo.
Conta a tradição que suas origens são incertas, podendo situar-se entre os séculos 6/7. No século 12 a torre foi usada como uma prisão feminina, quando surgiu o nome "Pagliazza" devido à palha usada na camas.
Mais tarde na torre foi construída a igreja de San Michele, que foi reconstruída em 1100 em estilo românico. Em 1450 a igreja foi chamada San Michele das Trombetas, porque os trombeteiros viviam dentro da capela.
Porém em 1785 a igreja foi suprimida e o edifício se tornou uma residência. Todas as obras de arte foram destruídas. No século 19 a torre acabou sendo incorporada a outra construção e permaneceu esquecida.
Em 1980 o Instituto Nacional de Seguros decidiu restaurar todo o complexo redescobrindo os vestígios do passado, tendo sido criado um museu que preserva artefatos cuidadosamente restaurados e acompanhados de um documentação fotográfica extensa. Além de alguns fragmentos romanos, há em exposição artefatos da Idade Média.
Em 1980 o Instituto Nacional de Seguros decidiu restaurar todo o complexo redescobrindo os vestígios do passado, tendo sido criado um museu que preserva artefatos cuidadosamente restaurados e acompanhados de um documentação fotográfica extensa. Além de alguns fragmentos romanos, há em exposição artefatos da Idade Média.
Museo Casa di Dante
Outra torre muito conhecida nessa zona é aquela que está junto da suposta casa onde viveu o grande poeta Dante Alleghieri. Situada a poucas quadras da Igreja Orsamichele, o edifício original foi reconstruído no século 20, mantendo atualmente memórias da vida e obra de Dante. Nascido em Firenze no ano de 1265, Dante Alleghieri é exaltado como o primeiro e maior poeta da língua italiana.
Dante é uma abreviação de Durante, que era seu nome real. Tendo contraído matrimônio aos 12 anos, Dante teve vários filhos. Porém aos 18 anos ele reencontrou Beatrice Portinari, que fora seu amor de infância.
Apesar de ambos serem casados, a paixão que nutriu por Beatrice foi de grande importância para a cultura italiana. Foi sob o signo desse amor que Dante deixou a sua marca profunda, abrindo caminho aos poetas e escritores que lhe seguiram para desenvolverem o tema do amor.
Numa época em que os escritos em latim eram valorizados, Dante redigiu um poema de viés épico e teológico: a Divina Comedia, que se tornou a base da língua italiana moderna e culminou a afirmação do modo medieval de entender o mundo. Mas ao participar da política, Dante traçou seu destino. Em Firenze ele foi condenado ao exílio por 2 anos, além do pagamento de uma elevada multa.
Apesar de ambos serem casados, a paixão que nutriu por Beatrice foi de grande importância para a cultura italiana. Foi sob o signo desse amor que Dante deixou a sua marca profunda, abrindo caminho aos poetas e escritores que lhe seguiram para desenvolverem o tema do amor.
Numa época em que os escritos em latim eram valorizados, Dante redigiu um poema de viés épico e teológico: a Divina Comedia, que se tornou a base da língua italiana moderna e culminou a afirmação do modo medieval de entender o mundo. Mas ao participar da política, Dante traçou seu destino. Em Firenze ele foi condenado ao exílio por 2 anos, além do pagamento de uma elevada multa.
Por não ter pago a multa foi condenado ao exílio perpétuo em Ravenna. Anos mais tarde Dante foi convidado a retornar a Firenze por anistia, mas ele se recusou a atender as exigências que considerava absurdas. O exílio lhe trouxe a separação de sua terra natal. Foi abandonado por seus parentes e vitimado pela malária, aos 56 anos Dante morreu em Ravenna em 1321.
Foi sepultado na Igreja de San Pier Maggiore em Ravenna, onde foi honrado pelo pretor de Veneza que mandou erigir um monumento funerário de acordo com a dignidade de Dante Alighieri. Posteriormente Firenze lamentou e reclamou os restos mortais do poeta, mas os responsáveis pela guarda de seu corpo em Ravenna se recusaram a entregá-los e os escondeu numa parede falsa do mosteiro. Embora exista um mausoléu dedicado a Dante em Firenze, ele está vazio...
Igreja de Santa Margherita dei Cerchi
Junto ao Museu de Dante está a pequena Igreja de Santa Margherita dei Cerchi, que foi construída pela família Cerchi no século 13. Dizem que nessa igreja está sepultada Beatrice Portinari, a musa inspiradora de Dante. No entanto, há relatos de que os restos mortais de Beatrice foram traslados para o mausoléu de seu ex-marido.
Igreja de Santa Maria dei Ricci
A poucos passos também encontra-se a Igreja de Santa Margherita dei Ricci, que foi mandada construir pela família Ricci em 1508. Contendo uma varanda aberta à frente, foi reconstruída em 1769. O quadro da Assunção da Virgem foi pintado por Lorenzo del Moro e os episódios da vida da Madonna foi retratada por Giovanni Camillo Sagrestani. No altar está a Madonna dei Ricci.
Badia Fiorentina
Outra igreja de destaque nessas imediações é a Badia Fiorentina, que foi fundada como uma instituição beneditina em 978.
Conta-se que o sino dessa igreja marcou os principais acontecimentos fiorentinos. Ao longo dos anos a igreja passou por diversas modificações, tendo passado por uma transformação barroca em meados de 1630.
Conta-se que o sino dessa igreja marcou os principais acontecimentos fiorentinos. Ao longo dos anos a igreja passou por diversas modificações, tendo passado por uma transformação barroca em meados de 1630.
Com importantes obras de arte feitas por artistas como Filippino Lippi e um lindo ciclo de afrescos sobre a vida de São Bento feito em 1435 por um discípulo de Fra Angelico, a Badia é citada por Dante, que relata em seus versos os cantos gregorianos que se ouvia durante as missas. Diz a lenda que Dante viu Beatrice pela primeira vez nessa igreja.
Museo del Bargello
Ao lado da Badia Fiorentina encontra-se o Bargello, um museu de esculturas que é um dos mais importantes da Itália.
Instalado em um palácio medieval do século 13, o local é surpreendente. Foi no passado a sede do conselho de justiça e da polícia fiorentina. No alto da torre do Bargello há um sino, que só toca na virada de cada século.
O museu abriu suas portas em 1886, tendo se tornado uma referência no assunto. O enorme patio dá acesso a diversas salas onde estão obras de grandes escultores do século 16, entre elas o Baco, outro Davi, o Bruto, todos de Michelangelo. O Bacco de Michelangelo, os Davis de Verrocchio e de Donatello fascinam e encantam.
No Bargello estão esculturas de Donatello, Verrocchio, Giambologna, Michelozzo, etc. No primeiro andar há esculturas colossais. A coleção inclui também bronzes, esmaltes, cerâmicas, tapeçarias, tecidos e mobiliário, sendo que muitos deles pertenceram à família Médici ou a outros colecionadores privados. Também possui um imponente sino, famoso por tocar apenas na virada de cada século.
Palazzo Pazzi
O Palazzo Pazzi, situado na Via del Proconsolo, foi concluído em 1469 para servir de residência para a riquissima família Pazzi, que era uma das inimigas da família Medici. Aliás esse palácio ficou conhecido como Palazzo della Congiura ou da Conspiração, porque daqui partiu a pessoa que assassinou Giuliano de Medici durante uma missa na Catedral. Atualmente o palácio pertence ao INSS de Firenze.
Palazzo Borghese
O Borghese é um esplêndido palácio situado na Via Ghibelina, onde são realizados eventos diversos, como congressos, desfiles de moda, casamentos e jantares de gala. Tendo no alto da fachada o brasão da família, o palácio é lindíssimo e impressiona pelo luxo de suas salas decoradas com mobiliário refinado e candelabros de vidro.
Originalmente foi construído em 1400, tendo sido reconstruído 1821, quando seu proprietário encomendou a requintada decoração. Na entrada principal há enormes esculturas. Impressionam os belos afrescos no teto, principalmente da grande sala chamada "Galeria Monumental". Uma das salas tem enormes espelhos que brilham com centenas de luzes.
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