12 dezembro 2019

Milano 10 Basílicas



Basílica de San Lorenzo 

Em frente à Basílica de San Lorenzo Maggiore existe um monumento dedicado ao Imperador Constantino. É uma das igrejas mais antigas e que tem a maior abóboda de Milão. 

Construída originalmente entre os anos 300/400 no Parco delle Basiliche ou Parque das Basílicas, certa vez foi destruída por um incêndio. Em 1573 a igreja desabou inesperadamente. Sua aparência atual resulta de diversas reconstruções através dos séculos.





Collone de San Lorenzo

À frente da basílica estão as ruínas de colunas romanas do século 2, chamadas de Colonne di San Lorenzo. Originalmente elas pertenciam a um templo pagão romano do século 3 e foram transferidas para completar a praça. 

Antes da Segunda Guerra Mundial haviam muitos cortiços entre a basílica e as colunas, que foram demolidos para dar maior amplitude à praça tornando-se um ponto de encontro de jovens milaneses.



Basílica de Sant'Eustorgio

Próximo ao Parco delle Basiliche está a Basílica de Sant'Eustorgio, que foi fundada em torno do século 4 e dedicada a Eustorgius que foi bispo de Milão. 

Atribui-se a Santo Eustorgius a transferência das relíquias dos Três Reis Magos de Constantinopla para Milão no ano 344.

Na antiguidade a basílica atraia muitos peregrinos por ser considerado o local onde estavam os restos mortais dos Três Reis Magos. 

O local coincide tradicionalmente com uma fonte onde foram feitos os primeiros batismos, sendo considerado um dos mais antigos lugares de oração dos cristãos. 

Abaixo do piso da basílica há vestígios de um cemitério com sepulturas de cristãos e pagãos, que foram vítimas da perseguição dos romanos.





Quando Milanofoi saqueada pelo cruel Imperador Germânico Frederico Barbarossa, que era chamado assim devido à sua barba ruiva, em 1164 ele levou para a Alemanha os restos mortais dos Três Reis Magos: Baltazar, Melchior e Gaspar. Hoje as relíquias estão na Catedral de Colônia, mas no alto da torre uma estrela de 8 pontas relembra a devoção aos santos reis. 

No cemitério dos mártires foram encontrados achados arqueológicos, sendo um deles uma pedra na qual está esculpida a figura de um jovem em atitude de oração e com os braços levantados. Por esta razão, ainda hoje é mantido o costume de orar assumindo a mesma atitude do jovem esculpido na pedra.

Ao longo dos séculos, foram feitas reformas, acréscimos de construção e redecoração que resultaram na atual estrutura da basílica e que mantém atualmente o Museu Diocesano contendo uma extensa coleção de obras de arte de renomados artistas, mobiliário e objetos litúrgicos. 

A basílica também foi usada pela inquisição até 1550, quando muitas pessoas acusadas de heresia e bruxaria foram torturadas ou queimadas no bosque. Chamado antes de Parco delle Basiliche, foi renomeado e atualmente é chamado Parco Papa João Paulo II.




Bairro Naviglio 

Adiante do Parco delle Basiliche há uma praça com um monumento que contém a inscrição: "Paci Popvlorvm Sopitae", que significa "A paz liberta os povos". E quem ousa descobrir mais sobre a cidade acaba encontrando lugares pitorescos como o bairro Naviglio com seus românticos canais. 

Muitos artistas buscam inspiração nesse local idílico, onde há um mercado de antiguidades no final de cada mês. Ao longo dos canais há casas, bares, restaurantes, lojinhas de antiguidades e antigos barcos que permanecem ancorados e funcionam como bares e cafés. 

Esse é um lugar movimentado, sobretudo quando se realiza feiras e eventos, quando mesinhas e ombrelones transformam as margens dos canais em um lugar muito animado.




Vicolo dei Lavandai 

Já na época romana haviam canais que eram usados para irrigação e transporte de mercadorias. No século 12 os canais foram reconstruídos, sendo o Ticinello o mais antigo da cidade cuja obra foi iniciada em 1179. 

Rapidamente surgiram outros canais deixando a cidade parecida com Veneza. Ainda hoje pode-se apreciar o antigo Vícolo dei Lavandai, um lugar histórico que relembra o local onde se lavava roupas à beira do canal onde, estranhamente, só os homens lavavam as roupas. 

E assim foi criado um dos maiores portos fluviais da Itália. O mármore usado na construção da Catedral de Milão foi transportado através de um desses canais que chegava até o centro da cidade. 

Com a invenção do automóvel, que tornou o transporte rodoviário mais rápido, muitos canais foram aterrados e transformados em estradas. Atualmente restam três canais, sendo o Naviglio Grande um dos locais mais visitados durante os meses de verão.




Igreja de San Cristoforo sul Naviglio

Na região há várias igrejas, mas tem destaque a antiga igreja de San Cristoforo sul Naviglio. Ela foi construída às margens do canal numa época em que Milão foi atingida por uma peste que matou 20.000 pessoas em meados de 1360. 

Segundo lendas, a peste chegou em Milão e na região da Lombardia devido às incursões de Galeazzo Visconti, que trouxera mercenários persas para a cidade. 

Nessa época foi construída uma capela dedicada a San Cristoforo, santo padroeiro dos doentes e leprosos, a quem se atribuiu a extinção das doenças em 1399. A partir de 1405 foram adicionadas novas construções, afrescos nas paredes e terminada a fachada que contém o brasão de armas da nobre família Visconti.






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