Castello Sforzesco
O Castello Sforzesco é um dos principais símbolos de Milão e de sua história. As obras de sua construção tiveram início em 1360 junto à entrada das antigas muralhas romanas para ser uma fortaleza, tendo sido por isso chamado de Castello di Porta Giovia.
O castelo possui várias torres. As torres redondas que estão à frente são conhecidas como Torre di Santi Spirito e Torre del Carmine. Na entrada principal do castelo está na Torre Filarete, que é a mais alta e que leva ao pátio interno chamado Piazza d'Armi.
No Cortile della Rocchetta e na Corte Ducale estão os quartos decorados com magníficos afrescos feitos por Donato Bramante no século 15. No pátio destaca-se a Torre Bona di Savoia, que é uma homenagem à duquesa de Milão em 1466.
As torres convencionais na parte posterior contém salas com afrescos. A Torre Castellana era usada para guardar os tesouros onde Bramantino criou o seu "Argos". A Torre Falconiera contém a "Sala delle Asse", onde está o afresco mais famoso do castelo feito por Leonardo da Vinci.
No Cortile della Rocchetta e na Corte Ducale estão os quartos decorados com magníficos afrescos feitos por Donato Bramante no século 15. No pátio destaca-se a Torre Bona di Savoia, que é uma homenagem à duquesa de Milão em 1466.
Dinastia Visconti
Atrás da torre ficava o coração do castelo. É onde viveram as famílias Visconti e Sforza. As grossas paredes do castelo sussurram sua fascinante história de muitas conquistas, porém entremeadas de traições e fracassos.
Na época da construção do castelo Milão era governada pelo Duque Galeazzo Visconti II, que pertencia a uma família nobre que governou a cidade entre 1277 a 1447. Após sua morte, ele foi sucedido por seu filho Gian Galeazzo Visconti - Duque de Milão entre 1378/1402.
Conhecido na história por sua mania de grandeza, foi dele a ideia de construir a Catedral de Milão e de ampliar o castelo para tornar-se a residência oficial da família Visconti. O último duque Visconti morreu em 1447 sem deixar herdeiros masculinos, finalizando a Dinastia dos Visconti em Milão.
Francesco Sforza I
Duque de Milano 1450 / 1466
Bianca Visconti era filha do último duque Visconti e tinha sido prometida em casamento desde os seus 6 anos de idade.
Apesar dos mais de 20 anos de diferença de idade, para cumprir a promessa Bianca se casou com Francesco Sforza pouco antes de seu pai morrer. Nascia assim a Dinastia Sforza.
Com sua esposa Bianca teve 2 filhas e 6 filhos: entre eles Galeazzo Maria e Ludovico Sforza, que futuramente se tornariam duques de Milão.
Com a morte do marido em 1466, Bianca tornou-se duquesa de Milão, tendo colocado seu filho Galeazzo Maria para ajudá-la.
Galeazzo lMaria Sforza
Duque de Milano 1466/1476
Galeazzo se mostrou amável com sua mãe, mas apesar de seus 22 anos de idade já demonstrava um temperamento instável e traiçoeiro.
Aos poucos Galeazzo Maria foi assumindo a regência do ducado, até que sua mãe teve de ausentar-se para cuidar de sua avó.
Três anos depois, durante as núpcias de seu filho Bianca veio para a festa. A partir daquela noite ela tornou-se doente vindo a falecer alguns meses depois.
A doença da duquesa e sua morte levantaram suspeitas, pois muitas pessoas próximas a Galeazzo Maria tinham morrido envenenadas.
Casado com Dorotea Gonzaga e depois com Bonna di Saboia, ele teve os filhos Gian Galeazzo, Ermes, Bianca Maria, Anna e os filhos ilegítimos: Ottaviano, Caterina e Chiara. Apesar de seu casamento, Galeazzo Maria era um mulherengo e várias vezes foi acusado de estupro de senhoras e moças da cidade.
Após um ano do seu casamento, sua esposa morreu antes de completar 18 anos de idade. Imediatamente ele negociou seu casamento com a filha do Duque de Saboia com quem teve três filhas e um único filho, mas logo depois ele foi assassinado.
Duque de Milano 1476/1494
Gian Galeazzo Sforza sucedeu o pai e tornou-se Duque de Milão em 1476. Por ter apenas 7 anos de idade, seu tio Ludovico Sforza tornou-se seu tutor. Ao atingir a maioridade, Gian Galeazzo assumiu o ducado, casou-se, teve três filhas e apenas um filho que se chamava Francesco Sforza II.
Inexplicavelmente o Duque Gian Galeazzo ficou doente e morreu antes de completar 25 anos. Levantou-se a suspeita de que ele tivesse sido envenenado pelo próprio tio. Por coincidência, o único herdeiro também morreu jovem ao cair de um cavalo.
Duque deMmilano 1494/1499
Em 1494 Ludovico Sforza, também conhecido como Ludovico il Moro devido à sua pele morena, tornou-se oficialmente o Duque de Milão.
Durante seu governo o castelo foi renovado e decorado, tornando-se uma faustosa obra. Ele tinha interesse nas artes e se tornou patrono de grandes artistas, entre eles Leonardo da Vinci.
Ele casou com Beatrice D'Este e o irmão dela casou com Anna Sforza, a sobrinha de Ludovico. Esse duplo casamento trouxe a aproximação do Ducado de Milano com o Ducado de Ferrara.
Com apenas 15 anos de idade, Beatrice d'Este trouxe alegria ao castelo de Milano e encantou o povo milanês com seu riso e seu modo extravagante de viver. Com seu bom gosto, Beatrice sugeriu a decoração do castelo e tornou seu marido mais seletivo na escolha das artes.
Ela gostava de festas e ajudava a organizar grandes bailes. Devido à sua boa educação, ela apreciava estar junto de sábios, artistas, poetas e filósofos. Apesar de seu casamento, Ludovico ficou conhecido por suas inúmeras amantes com quem também teve filhos.
Beatrice teve dois filhos, Maximiliano e Francesco Sforza II, mas faleceu em 1497 durante um parto difícil antes de completar 21 anos. Ludovico ficou inconsolável e ainda por cima perdeu o ducado de Milano, que foi invadido pelas tropas do rei Louis XII da França.
Privado de todas as comodidades do castelo, Ludovico passou o resto de seus dias num calabouço onde morreu em 1508. Seus restos mortais e de sua esposa foram enviados para a Certosa de Pavia. Alguns anos depois o ducado foi restituído a seus filhos, mas Maximiliano Sforza abdicou e Francesco II faleceu. Terminava assim a dinastia dos Sforza em Milão.
Museus do Castelo
Depois da Guerra Italiana, Milano foi governada pelo Império Espanhol entre 1535/1706 e pelo arquiduque da Áustria de 1706 a 1800. Sob o domínio estrangeiro o castelo foi negligenciado e passou a ser usado apenas como quartel.
Durante a unificação italiana em 1860, o castelo estava tão destruído que chegaram a pensar em demoli-lo. Em 1893 o arquiteto Luca Beltrami se propôs a restaura-lo e o converteu em um local público para exposições, tendo sido amplamente restaurado depois da Segunda Guerra Mundial.
Diversos museus estão distribuídos por vários andares ao redor do Cortile della Rocchetta e da Corte Ducale: Museu de Artes Antigas, Museu de Artes decorativas, Museu de Instrumentos Musicais, Museu Arqueológico, Museu Egipcio, Museu da Pré-historia e outras exposições de artes.
A coleção de artes aplicadas inclui muitos objetos em ouro, prata, vidro, porcelana, marfim e ferro forjado desde a Idade Média até o século 19. São notáveis as tapeçarias Trivulzio. Entre as muitas obras-primas do castelo tem destaque Rondanini Pieta, a última obra inacabada de Michelangelo Buonarotti que trabalhou lá até a véspera de sua morte em 1564.
Próximo ao castelo, o Museo d'Arte e Scienza na Via Quintino Sella é um marco para os colecionadores de arte. É o mais importante centro europeu para a verificação da autenticidade das antiguidades, sendo dividido em várias seções. Uma delas é dedicada a exposições permanentes de obras de Leonardo da Vinci. O prédio também incorpora parte da passagem subterrânea do Castelo Sforza.
Parabéns, ótimo post!
ResponderExcluirbrava, ottimo lavoro
ResponderExcluirObrigado pela gentileza de seus comentários.
ExcluirOi, Lucia. Que post maravilhoso. Acabei de me mudar para Milão e foi uma delícia conhecer um pouquinho mais da cidade aqui. Parabéns!
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