30 março 2018

Processione degli Incappucciati







Na Itália são inúmeras as celebrações da Semana Santa, que costumam envolver todas as pessoas da cidade, através de muitos rituais e tradições. Porém em Enna há uma das celebrações de maior destaque, que acontece quando todas as Confrarias se reúnem para a procissão e encenação da paixão de Cristo. 






Realizada no Venerdi Santo ou Sexta-feira Santa, a peregrinação na cidade, ao som das marchas fúnebres, é feita com um desfile que reúne 2.500 participantes. Chamada de "Processione degli Incappucciati", a procissão passa pelas principais ruas do centro histórico.






Essa é a melhor época para conhecer a essência e a fé do povo de Enna. A primeira Irmandade dos Incappucciati foi criada em 1261 por monges basilianos junto a camponeses e coletores de impostos. Essa é a irmandade que tem o privilégio de conduzir a urna com o o corpo de Cristo. 






Diversas outras irmandades surgiram durante a Idade Média, mas foi a influência espanhola no século 15/17 que as tornou mais significativas. Nessa época a Sicília era governada pelos espanhóis que incentivaram a criação de confrarias concedendo-lhes prestígio. 

Ao longo dos séculos diversas irmandades foram criadas por diferentes categorias profissionais, tendo todas elas um caráter assistencial de socorrer os pobres, doentes e desamparados desde a Idade Média.






Formada apenas por homens, cada irmandade se distingue por suas insígnias e cores das vestimentas. Na antiguidade eram as irmandades que providenciavam o enterro daqueles que eram condenados à morte.






No domingo da Páscoa todos vão até o topo da Rocca di Ceres, quando é feita a bênção solene dos campos. De volta à Catedral, as imagens que fazem parte das celebrações retornam às suas respectivas igrejas e simbolizam o distanciamento necessário para a conclusão da missão terrena de Cristo que retorna ao Pai...



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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.