06 agosto 2014

Atri, um tesouro sobre as montanhas

  



A região de Abruzzo é conhecida por seus belos resorts e por suas longas e esplêndidas praias, que são premiadas com a "Bandeira Azul" por suas instalações de primeira qualidade. 

Depois de um banho de mar, quem ousa explorar um pouco mais a região descobre lugares maravilhosos, como as pequenas cidades que ainda preservam um aspecto medieval e tradições que remontam a muitos séculos passados.

Um desses lugares é Atri, uma pequena cidade que, apesar de usufruir do conforto da vida moderna, ainda mantém intactas construções medievais e vestígios arqueológicos. 

Situada próxima à costa do Mar Adriatico, Atri é um dos lugares mais antigos e significativos da região de Abruzzo e parte de uma importante fase da história da Itália.






Em Atri teria vivido uma tribo dos Ilírios, um dos mais antigos povos itálicos que habitavam várias partes da Europa entre a Idade do Bronze e a Idade do Ferro. 

Supõe-se que as antigas grutas nas imediações de Atri tenham sido usadas por esses povos entre os séculos 6 a 4 a.C. 

Os antigos gregos chamavam esses povos de Illyrioi e a mitologia grega cita Ilírio como neto de Ares - o deus da guerra - que teria governado a Ilíria, sendo considerado o ancestral de seu povo.

O que se sabe ao certo é que Atri teve na antiguidade um intenso comércio marítimo, cujas ruínas de seu velho porto encontram-se submersas pelas águas do Mar Adriático. 

Chamada na época de Hatria Piceno, a cidade foi um respeitável centro comercial desde o tempo das civilizações itálicas. 

Na antiguidade os limites da cidade chegavam até o mar. Conforme vestígios arqueológicos na região, entre os séculos 4 e 3 a.C. haviam grandes marinheiros e prósperos comerciantes atrianos.





Moedas antigas

Atri foi uma das antigas cidades a ter sua própria moeda, existindo ainda raros exemplos fundidos em bronze. A maioria dos numismatas consideram que essas moedas tenham surgido há pelos menos 2500 anos passados. 

Na época as moedas eram consideradas objetos sagrados, tendo figuras de deuses pagãos a quem sempre invocavam para proteger suas famílias e sua cidade.

Os deuses eram tidos como senhores absolutos de condições climáticas, da vida e da morte, especialmente o deus Hadranus ou Hatranus do qual tem origem o nome da cidade. 

Interessante são os formatos das moedas, que são grandes bolachas de bronze com peso e desenhos diferenciados. 

Em algumas há também figuras de animais, como bezerro, lobo, cão, golfinho, galo e galinha. Outras tem figuras do cotidiano, como sapato, vaso e símbolos mitológicos como pegasus.




Arqueologia de Atri


Fonte de Atri



Thermae de Atri

Atri foi uma colônia romana a partir de 289 a.C. onde teria vivido por algum tempo Adriano, que se tornou célebre como Imperador Romano em 117 a.C. Ele foi considerado um dos cinco melhores e mais eficientes imperadores de Roma.

Durante seu governo teria construído as Thermae de Atri, que considerava como a sua segunda cidade natal. A cidade teve ainda um Teatro Romano, fontes e outras construções romanas.





Imperador Adriano e Antinous

O Imperador Adriano tinha o hábito de supervisionar pessoalmente as obras de sua administração e numa de suas viagens conheceu e se apaixonou por um belo rapaz que levou para sua corte. Ele era casado com a Imperatriz Sabina, mas viveu o mais famoso caso homossexual da antiguidade com Antinous, que era 34 anos mais novo do que ele. 

Porém durante as celebrações de Osiris no Egito, época em que eram sacrificados os jovens mais belos em oferenda ao Rio Nilo para que nunca secasse, Antinous morreu afogado. Nunca se soube a verdade sobre a morte do rapaz. Alguns disseram que foi um acidente, mas outros afirmaram que Antinous teria se atirado no rio para salvar as terras de seu amado da seca. 

O imperador chorou copiosamente frente a toda a corte tornando-se um escândalo do império, já que era inadmissível um guerreiro romano chorar em público. Sua bravura e poder foram colocados em descrédito, mas o imperador mandou construir um templo em Antinópolis, onde Antinous passou a ser venerado como um deus.





Rocca di Capo d'Atri

Assim como outras cidades italianas, Atri teve um acentuado declínio após a queda do Império Romano e invasões dos bárbaros. 

Por algum tempo foi parte de Spoleto até tornar-se em 1252 uma cidade episcopal, época em que surgiram várias igrejas. 

O destino de Atri mudou quando teve início a Dinastia dos Acquaviva em 1382, que governou a cidade por quase 500 anos e trouxe paz e prosperidade.






Antigamente existiam dez portais grandes que serviam de acesso à cidade, que foram sendo demolidas em diversas épocas dar lugar a outras construções. 

Numa das entradas da cidade está a Rocca di Capo d'Atri, uma fortaleza construída em 1392 no alto da colina que serviu para defender a cidade de eventuais ataques e controlar toda a região.





Belvedere

Belas mansões e prédios modernos margeiam a sinuosa estrada que leva até o centro histórico, que é delimitado por grandes e altas muralhas. 






Estrategicamente situada sobre uma colina, a parte mais antiga de Atri é um terraço com vista panorâmica para os campos verdes e para o Mar Adriático. Do Belvedere tem-se uma esplendida visão das montanhas geladas do Gran Sasso.





Villa Comunale

Um dos lugares mais bonitos da cidade é a Villa Comunale dei Capuccini, uma área arborizada com caminhos geométricos entre jardins floridos que possuem bancos para descanso espalhados por todo o parque.






Fontes, gramados verdes e árvores de várias espécies enriquecem as esculturas que trazem a arte para o convívio diário com moradores e turistas. 

Durante o dia ensolarado, o ar puro que sopra torna o lugar ideal para passeios. À noite todo o parque é iluminado e a fonte circular ganha cores com as luzes que lhe dão destaque. 






No passado essa área pertencia aos jesuitas que em 1569 ali construiram a Igreja de San Leonardo e o Convento dos Capuchinhos e onde viveram por quase 300 anos. No início dos anos de 1900 tornou-se uma casa de repouso para idosos até serem demolidos em 1961. 






Também era onde existia a Porta dos Capuchinhos. Tudo o que restou da igreja e do convento foi enviado para o museu da catedral, tendo surgido no local o atual Hotel du Parc.






O labirinto de ruas estreitas conservam ainda o antigo aspecto medieval, sendo que em algumas só é permitida a passagem de pedestres. Algumas ruas são tão estreitas que só permitem a passagem de uma pessoa por vez; uma delas é a Ruetta Stretta.






Arcos medievais e pórticos trazem um certo charme e aspecto romântico, enquanto balcões cheios de flores dão um colorido especial às ruas da cidade. A história de Atri está estampada por todos os lados. 






Cada construção, por menor que seja, tem sempre algo para contar. Apesar de terem sido restaurados internamente, prédios residenciais, palácios e igrejas ainda mantém o aspecto externo medieval.





Piazza Acquaviva

Uma das maiores áreas livres da cidade é a Piazza Acquaviva. Rodeada por vários palácios, entre eles tem destaque o Palazzo Ducale, o Palazzo Illuminati, o Palazzo Valforte e a Capela San Liberatore.







O Palazzo Illuminati, que é a maior construção da cidade, foi construído em 1882 e atualmente é a sede do tribunal. O Palazzo Valforte, construído no século 18, tem seu nome derivado do proprietário das vinhas Valforte.





Palazzo Ducale

É onde atualmente funciona a Câmara Municipal de Atri, foi no passado a residência oficial dos Duques Acquaviva. Eles pertenciam à nobre família italiana Acquaviva que detinha algumas posses feudais na região de Marche e da Umbria e muitos privilégios devido às suas importantes relações com reis e governantes.

Antonio Acquaviva tornou-se o primeiro Duque de Atri ao comprar do Rei Ladislau de Nápoles as terras em torno de Atri por um preço razoável em 1382. 

Sucedido através dos tempos por seus inúmeros herdeiros, após a morte da Duquesa Isabella Acquaviva que não tinha herdeiros, o ducado foi transferido em 1760 para o reino de Nápoles.






O palácio foi construído sobre as ruínas de um antigo teatro romano e reconstruído diversas vezes. Com diversos aposentos, atualmente algumas salas do palácio são destinadas a uma galeria de arte e guardam documentos e peças históricas que permitiram reconstruir a história da Itália central.

Os afrescos que decoravam os quartos dos duques e duquesas com seus retratos se deterioraram ou foram destruídos, tendo sido alguns recuperados. Na torre há um antigo relógio que marca cada quarto de hora. 

No pátio do palácio existe o busto do beato Rodolfo Acquaviva que costumava fazer pregações na pequena Capela San Liberatore e foi martirizado na Índia.





Capela San Liberatore

Ligada ao palácio desde o século 13, a Capela San Liberatore foi no passado um local reservado para oração dos cardeais e duques Acquaviva. Foi restaurada diversas vezes, mantendo atualmente um memorial aos mortos na guerra. Após a restauração entre 1918/1922 ganhou a inscrição em latim na fachada: "Deo vivunt pro patria Mortui".





Catedral

Em 15 de agosto acontece a festa dedicada à Santa Maria Assunta. Na véspera há um grande desfile, shows medievais e a abertura da Porta Santa ao lado da igreja, que só abre nessa ocasião. Chamada de Porta do Perdão, essa é a oportunidade para os fiéis receberem indulgências.







Além das festividades religiosas, o evento traduz outras tradições da região. Outra celebração de destaque é a Festa de Corpus Christi, quando os moradores da cidade preparam os tradicionais tapetes florais pelas ruas onde irá passar a procissão.





Igreja de Santa Riparata

Ao lado da catedral está a Igreja barroca de Santa Riparata, construída em 1355 e reformada em estilo barroco em 1741. Na fachada da igreja há uma imagem da santa feita no século 14, que se tornou padroeira da cidade por ter libertado Atri de invasores sarracenos. A Santa carrega numa das mãos uma miniatura da cidade.






A cada ano a santa é homenageada com uma procissão que ocorre geralmente em 08 de outubro e também depois da Páscoa, quando é realizado o Banquete da Paz. 

O interior da igreja é pequeno e muito simples, tendo um altar com a imagem de Cristo e da Senhora das Dores que sempre é levada em procissão na Sexta-Feira Santa. Um dos tesouros da igreja é um grande dossel esculpido em madeira em 1690.






Junto ao teatro funciona o Museu Arquivo Di Jorio, que contém livros de música, manuscritos e diversas documentações relacionadas ao compositor Antonio Di Jorio, que compôs inúmeras músicas, sinfonias, óperas e canções do folclore de Abruzzo.





Espaço Cultural Igreja San Agostino

Bem próximo à catedral está a antiga Igreja San Agostino que foi construída no século 13. Feita em forma reta com tijolos aparentes, o belo portal na entrada tem estilo gótico e desenhos de plantas. No topo tem a bênção do Pai Eterno e logo abaixo a figura de San Agostino com um livro nas mãos.

Em cada lado da porta estão as imagens de Santa Catarina de Alexandria e San Agostino de Mônaco. Restaurada em torno dos anos de 1970, a igreja deixou de ter funções religiosas para tornar-se um espaço cultural, servindo como salão de exposições, conferências e apresentações. Todas as imagens e objetos religiosos foram enviados para o Museu da Catedral.






No antigo mosteiro beneditino próximo à Catedral está o Museo Capitolare, que é um dos museus mais interessantes de Atri. Dividido em várias seções e com espaço dedicado à pintura, inclui no acervo inúmeras peças em prata e cerâmica. Reconstruído nos anos 1994, antigos móveis e oratórios fazem parte de uma coleção. 




 



O Museu Etinográfico, situado na Piazza San Pietro, possui uma impressionante coleção com mais de 2000 peças retiradas das antigas culturas industriais e agro-pastoral. 

Há evidências de decoradores, estucadores e ferramentas de estuque, além de uma seção dedicada à música de vários programas de rádio e instrumentos musicais, inclusive alguns instrumentos muito antigos.






O Museo Civico Archeologico é dividido em várias seções, que recontam a pré-história da região de Abruzzo através de artefatos usados pelos homens primitivos, tal como cerâmicas, vasos, machados de bronze e outros ferramentas, lanças, punhais e outros armamentos muito antigos. Os vestígios arqueológicos de Atri estão presentes em vários lugares, tanto dentro quanto fora da cidade.





Igreja San Nicola

No pequeno espaço do centro histórico existem inúmeras igrejas antigas construídas entre os séculos 12/13. Uma das igrejas mais antigas de Atri é a Igreja de San Nicola. 

Construída em 1181 próxima ao Palazzo Ducale, sua estrutura se manteve inalterada ao longo dos séculos apesar de sido incluída a torre sineira. Seu interior é escuro como era de costume na era medieval. 

Perto do Palazzo Ducale existe também a pequena Igreja della Santissima Trinità. Construída no século 13 é também chamada de Igreja de San Rocco, o protetor contra as pestes e doenças malígnas da pele. 

Apesar de ter sido restaurada nos séculos seguintes, muitas vezes a igreja permanece fechada. Com um estilo muito simples, só é reconhecida como igreja pela cruz que ostenta no alto.





Igreja San Francesco

Entre as duas principais praças da cidade está a bela Igreja de San Francesco. Construída originalmente em 1226, foi reconstruída em estilo barroco em 1715 tendo 8 capelas em seu interior. 

Sob a escadaria barroca na fachada há uma réplica da Gruta de Lourdes, que traz um cenário de paz ao café que sempre espalha mesinhas à sua frente. Por detrás da igreja existe ainda restos da antiga igreja medieval, além do Arco dos franciscanos que liga a igreja e o convento.





Igreja Santa Clara

Muito antiga também é a Igreja de Santa Chiara e Convento das Clarissas. Construída em 1260 nas proximidades da catedral, durante os séculos a igreja passou por diversas restaurações. A fachada da igreja é simples, mas o interior é maravilhoso.

Trabalhado em estuque e detalhes em dourado, as pinturas são da escola napolitana do final do século 17. Ainda hoje as Clarissas vivem em clausura e nunca saem do convento, exceto em casos muito excepcionais. Mas segundo a tradição, sempre que as procissões passam diante da igreja as portas são abertas.





Igreja San Giovanni Battista

Também chamada Igreja San Domenico, por ter sido construída em 1296 junto à antiga Porta San Domenico, a pequena escadaria na entrada dá destaque à sua fachada muito simples. Porém tem um lindo afresco "Glória de San Domenico" em seu interior, que lhe dá um grande esplendor.





Igreja Santo Spirito / Santa Rita

Também chamada de Igreja de Santa Rita, a Igreja Santo Spirito é um marco do Largo Santo Spirito. Depois da Igreja de Santa Rita na cidade de Cascia, é a segunda igreja de maior veneração à santa na Itália. 

Situada numa das entradas da cidade, foi construída entre 1750/1810 tendo em destaque a torre sineira reta com três sinos que pode ser vista de vários lugares. A cada ano em 22 de maio há uma grande celebração com procissão, quando uma chuva de pétalas de rosas caem das varandas saudando a passagem da santa.





Calanchi

Fora da cidade pode-se apreciar os famosos Calanchi, que são formações rochosas que compõem uma reserva natural formada pela erosão das águas. Passando por trilhas, pode-se apreciar essas formações que encantam por seus formatos.

Apesar da aparência externa sugerir não haver espécies vegetais, nela podem ser encontradas flores selvagens, alcaparras e o alcaçuz. É um lugar ideal para aves de rapina e, graças às várias lagoas, há diversos outros tipos de salamandras, sapos raros, lagartos e alguns mamíferos. No verão há inúmeras excursões e visitas guiadas. 





Pan Ducale

A região de Abruzzo tem aromas e sabores muito especiais, que estão presentes em diversas receitas tradicionais. Uma receita tradicional é o "Pan Ducale", uma especialidade feita com amêndoas que dizem ter sido criada pelos cozinheiros dos Duques Acquaviva de Atri. E foi tão apreciada que acabou se tornando um doce típico da região de Abruzzo.

Uma boa oportunidade de apreciar as especialidades da cidade é durante o "Atri a Tavola", um evento realizado em dois dias no mês de julho quando restaurantes apresentam deliciosos pratos da culinária regional. É a oportunidade de conhecer o famoso Maccheroni alla Chitarra e outras iguarias acompanhadas dos excelentes vinhos abruzzesi.

O evento inclui ainda apresentações musicais, danças folclóricas e eventos culturais, como visitas guiadas aos principais pontos turísticos da cidade. No Mercado do gosto pode-se degustar e adquirir produtos típicos, como presuntos, queijos, pães, massas, vinhos, azeites, molhos, convervas, doces, frutas, legumes, artesanato, ervas aromáticas e medicinais, como o famoso Alcaçuz de Atri.





La Notte dei Faugni

Na região de Abruzzo existem tradições que se misturam com crenças e lendas. Uma das celebrações que tem grande destaque é a tradicional festa popular "La Notte dei Faugni". 

Realizada na madrugada do dia 07 de dezembro de cada ano, a tradição nasceu da fusão de um costume camponês pagão com a festa religiosa em honra da Imaculada Conceição.






A celebração sublinha o dogma da pureza de Maria concebida de modo "imaculada", ou seja, sem pecado, e tem suas raízes nos cultos dedicados às deusas gregas virgens como Athena. 

A celebração começa na véspera na Piazza Duomo, onde é acesa a fogueira que queimará até a manhã seguinte. Faugni deriva de Fauni-ignis, que significa Fogo do Fauno, um ritual que existe há muito tempo em Abruzzo.





Com a chegada da estação fria, no passado os camponeses acendiam os fogos em honra da divindade Sátiro ou Fauno para os romanos, uma divindade mitológica que personificava a fertilidade e a força vital da natureza. Ainda hoje, o ritual é repetido pelos jovens, que participam orgulhosamente da tradição popular de sua cidade. 






Após a bênção do fogo, a velha cidade se enche de música. Concertos são realizados durante toda a noite. É o solstício de Atri, a noite mais longa do ano, que numa espera mística transforma praças, ruas, lojas, bares e tabernas em locais de diversão. 

Acima de tudo, é uma oportunidade para renovar um ritual que remonta séculos e que os Atriani revivem com orgulho.

Entre longos jantares de especialidades locais e o cheiro de castanhas assadas regadas com vinho novo, a cidade espera o amanhecer de 8 de Dezembro. 

Às 5 da manhã na Piazza Duomo os feixes de juncos secos são acesos. Precedida pela banda da cidade, centenas de pessoas de todas as idades saem a pé em procissão, abraçados ao seu próprio "Faugno".






A festa termina com o "Ballo della Pupa" ou "Dança da Pupa", quando um fantoche é movimentado por um dançarino que roda pela praça ao som de músicas folclóricas, enquanto diversos fogos de artificio são disparados do fantoche. 

Por volta das 06h00, a procissão termina onde tinha começado e os juncos são colocados para queimar na fogueira. Isso completa o Dicembrino aquecido pelo "fogo sagrado", que queima defronte à Catedral.






Na antiguidade o fogo era reverenciado para que garantisse a proteção, a saúde, a riqueza e a felicidade daqueles que o mantinham sempre aceso em suas casas. 

Assim como em diversas culturas, o "Ritual do Fogo Sagrado" visa afastar as energias negativas. 

A respeito dessa celebração, diz um ditado: "As Madonnas de Cuncette, Natal dezessete...", ou seja, celebrar as santas virgens 17 dias antes do Natal...



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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.