31 agosto 2018

San Vito lo Capo, um verdadeiro recanto do paraíso





Considerada como a pérola do Mar Mediterâneo, San Vito lo Capo possui uma das praias mais cativantes da Itália. Situada a poucos quilômetros de Trapani, a extensa praia de areias brancas atrai muitos turistas, que buscam a tranquilidade e beleza do lugar para relaxar, mergulhar ou praticar esportes náuticos.

De um lado, uma grande rocha divide o golfo da longa praia de areia dourada. Águas transparentes e praias suavemente inclinadas em direção ao mar aberto, fazem dessa praia de cores caribenhas e muitas palmeiras, um verdadeiro recanto do paraíso. 






A baia protege a praia de correntes fortes e nas águas profundas estão corais e restos de naufrágios de antigas civilizações. 

A montanha é famosa entre os escaladores, porém a maioria das cavernas são inacessíveis sem equipamento profissional. 

Pitorescas trilhas levam a uma bela vista panorâmica. O fundo do mar é um verdadeiro espetáculo para os mergulhadores. 

Registros históricos contam que há 3.000 anos já haviam moradores nessa região. Isso foi comprovado através de alguns achados arqueológicos recuperados dentro das inúmeras cavernas nas falésias que abundam na costa. 






O farol é um dos símbolos da cidade e quem se dispõe a alcançar o topo do farol, é agraciado com uma bela vista panorâmica. Erguido em 1854 com 40 metros de altitude, há vários anos tem a função de orientar os navegantes que cruzam os mares. 





Piazza Santuario

No século 18 o governo cedeu vários espaços para quem quisesse fixar residência na região. A cidade cresceu, mas conservou suas casinhas brancas, mantendo assim o caráter de uma aldeia de pescadores que encanta a todos que passam por lá. 

O coração da cidade é a Piazza Santuario, com vista para a Via Savoia cheia de lojas, clubes e onde acontecem concertos, shows e apresentações de artistas de rua nas longas e quentes noites de verão.  

Um dos eventos da cidade é o famoso Festival de Cuzcuz, um prato tradicional dos cartagineses que foi adotado pelos antigos árabes que residiam nessa região. 





Cuscuz de San Vito lo Capo

Chamado pelos árabes de Cus Cus, pelos franceses de Cous Cous e pelos sicilianos de Cùscusu, nos últimos anos chefs tem se reunido para realizar o Festival de Cuscuz em San Vito lo Capo, dando ressonância máxima para este prato que se tornou um sinal de paz e integração dos povos do Mediterrâneo.





Piazza Carlo Barbera

Outro local interessante é a Piazza Carlo Barbera (antiga Piazza Marinella), onde há um tabuleiro de xadrez gigante que ocupa o centro da praça. 

Em volta do tabuleiro há diversos bancos para a platéia se sentar e assistir a movimentação das enormes peças. 

O "Torneo degli Scacchi Giganti" acontece entre os meses de junho e setembro. Esse é apenas um entre os vários eventos da Itália que envolvem o jogo de xadrez. 

Famoso é o Jogo de Xadrez Humano realizado em Marostica, onde todas as peças são representadas por pessoas e até os cavalos são reais. 

Segundo contam, o jogo de xadrez tem origem muito antiga. Trazido para a Europa em torno do ano 1.000, graças aos árabes o jogo se tornou popular. 






San Vito Martire

A cidade está ligada à história de San Vito Martire, um jovem nobre nascido em Mazara no ano de 286, que dedicou sua vida à religião. Durante a perseguição determinada pelo Imperador Diocleciano, o jovem Vito foi forçado a sair de sua cidade natal. Fugindo pelo mar, ele encontrou refúgio na baía onde continuou seu trabalho de evangelização. 

O evangelizador morreu muito jovem, porém o crescente número de devotos decidiu erigir uma capela, a partir da qual a cidade expandiu. 

Ao longo dos séculos, diversos projetos transformaram a pequena capela num santuário. Seu formato, que mais parece uma fortaleza, visava proteger os peregrinos que vinham adorar o santo.
 




Cappella di Santa Crescenzia

Aliás, quem vai a San Vito lo Capo acaba descobrindo muitas lendas. Uma delas está relacionada com a Cappella di Santa Crescenzia. Situada a 3 km de distância da cidade, essa capela foi construída pelos árabes que dominavam a região no século 13.

Com sua cúpula redonda e aberturas em arco, essa capela já foi local de muitas peregrinações e, segundo os moradores da cidade, a capela tem poderes mágicos. Quem quiser livrar-se de um problema ou de um medo, deve jogar uma pedra dentro da capelinha e logo será atendido.





Reserva Natural Zingaro

Próximo a San Vito lo Capo está a Reserva Natural Zingaro, uma verdadeira jóia intocada da natureza. A reserva é famosa por suas enseadas tranquilas e pequenas baías de areia com seixos protegidas pelas falésias, que podem ser visitadas pelos caminhantes para apreciar a riqueza da fauna e da flora local, sendo algumas espécies raras e que só existem nessa região.






No Museu de História Natural foram recentemente colocados os painéis sobre Etnobotânica, que falam das plantas silvestres usadas na medicina popular de acordo com a tradição local das comunidades localizadas na área da reserva. 

Com muitas trilhas, locais para acampar, grutas e cavernas, uma de suas maiores atrações é a Caverna dell'Uzzo onde há restos de uma antiga civilização que viveu nessa região há 8.000 anos passados.




09 agosto 2018

Arquipélago de Egadi







A costa em torno da Sicília é entremeada de baias e de várias praias de águas cristalinas e transparentes, mas as atenções se voltam para as diversas ilhas no meio do mar. 

Conhecidas desde a antiguidade como Ilhas Aegates, essas ilhas junto à costa de Trapani fascinam turistas de todo mundo, não só pelo clima temperado mas principalmente pelos belos cenários naturais.






De Trapani partem velejadores, barcos e ferries levando turistas para o arquipélago de Egadi, que é composto pelas ilhas Favignana, Levanzo e Marettimo e um punhado de rochas e ilhas menores (Isola di Maraone, Isola Formica, Isola dello Stagnone, Ilha Galera, Isola Galeotta e Fariglione), que para os gregos representava os limites do mundo conhecido na época.  

De grande interesse arqueológico, histórico e naturalista, vestígios pré-históricos de antigos assentamentos humanos foram encontrados em algumas dessas ilhas.





Favignana

Há 12.000 anos diversos povos estiveram na ilha Favignana, que ainda preserva traçentenas de navios cartagineses durante a Primeira Guerra Púnica.






Com muitas torres de observação e fortalezas, foi chamada na antiguidade Ilha de Favonia. Na Idade Média a ilha foi dominada pelos árabes, que fizeram ali a sua base para a conquista islâmica da Sicília. Em seguida chegaram os normandos, que em 1081 construíram as fortificações.






A ilha já foi famosa devido à pesca do atum, mas hoje vive mais do turismo. Os monumentos mais famosos da ilha é o Palazzo Florio construído em 1876, o Museu do Mar e a famosa Tonnara, um complexo de pesca para capturar atuns que funcionava até poucos anos atrás. A parte urbana é plana e pode ser percorrida de bicicleta.






No alto de uma colina está o Castello di Santa Catarina, que foi construído no século 12 pelos normandos para defender a ilha de ataques piratas. Posteriormente foi usado como prisão. 

Solitário, lá do alto oferece um belo panorama da região. Uma peculiaridade da ilha são as enormes colunas de pedra esculpidas que se erguem na costa.





Favignana

As dunas branquinhas e os rochedos entre a Cala Rossa, Cala Azzurra, Lido Burrone, Plaia, Punta Sottile e Bue Marino é um convite para mergulhos. Uma de suas atrações é a esplêndida Grotta Perciata. Através de uma abertura na parte superior da gruta, entra a luz do sol que provoca um brilho espetacular nas águas.





Levanzo 

Menor ilha do arquipélago Egadi e a mais próxima de Trapani, a maioria das casas de Levanzo são brancas e fazem um belo contraste com as águas cristalinas do mar onde circulam barcos coloridos. Restaurantes servem os mais variados pratos com peixes e frutos do mar fresquíssimos, num clima muito acolhedor.





Levanzo


Mergulhando na enseada Cala Minnula, pode-se estar diante das ruínas de um antigo navio romano. Com uma variedade de grutas, na Grotta del Genovese foram descobertas pinturas rupestres com mais de 11.000 anos. O nome grego dado à ilha se refere a abundância de ervas que perfumam a ilha.





Marettimo
 

Marettimo é a ilha mais distante de Trapani, onde o tempo passa devagar e não há pressa. Imersa no mar de cor turquesa, uma série de baías e enseadas acessíveis apenas por mar apontam para um distante passado. Segundo povos antigos o lugar era sagrado. Um escritor inglês afirmava que a ilha era a antiga Itaca, onde ficava a casa do heroi grego Ulisses.





Marettimo



Na ilha há apenas um punhado de casas de pescadores, alguns restaurantes e o Castello di Punta Troia, que no passado foi uma prisão. Recentemente restaurado, está destinado a atividades culturais. 

Várias placas de madeira indicam uma série de trilhas que percorrem a ilha. Quem se aventura nas longas caminhadas pelas montanhas é agraciado com um panorama deslumbrante.





Marettimo -Castello di Punta Troia



Há poucos carros e bicicletas, mas há um punhado de barcos que servem como opção para conhecer o entorno da ilha e suas inúmeras grutas, como a Grotta Cammello e a Grotta del Tuono, além de outras centenas de grutas marinhas. Depois de perambular pela ilha, nada melhor que uma granita, uma espécie de gelato, para admirar o pôr do sol...






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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.