17 agosto 2011

Lago d'Iseo, a divisa de Bergamo/Brescia


 

O Lago d'Iseo na Lombardia, também conhecido como Lago Sebino, se divide entre as províncias de Bérgamo e Brescia. O lago foi formado pela geleira Val Camonica e é alimentado pelas águas que correm do rio Oglio. 

O lago é pontilhado por charmosas vilas e aldeias de muito interesse histórico e cultural onde é agradável passear de bicicleta pelas trilhas. Há uma variedade de desportos aquáticos no lago e também a pesca que é um hábito popular dos moradores da região. Existe opção de boas caminhadas que oferecem a cada ponto, um cenário deslumbrante.


Isola di Loreto



Isola San Paolo



Monteisola
A Isola di Loreto e a Isola San Paolo são duas ilhas menores de propriedade privada. No meio do lago está Monteisola, uma das maiores ilhas de qualquer lago da Europa que engloba as comunas de Peschiera Maraglio, Siviano, Sensole e Carzano e Cure. Ao longo da costa do lago existem pequenas comunas que pertencem de um lado à provincia de Brescia e de outro lago a Bergamo.

No lado Bréscia, de sul ao norte:


* Iseo tem uma vista fantástica sobre o lago e Monteisola. A cidade que foi um importante centro de negócios no tempo do Império romano também foi um importante porto até o século 19. O herói da unificação italiana, Garibaldi, é celebrado com uma estátua e uma fonte na praça principal.


* Pilzone é o lugar preferido para quem quer aproveitar uma de suas 5 áreas de camping.


* Sulzano é o local para os amantes de esportes náuticos. Nessa pitoresca vila a água atinge as casas mais antigas e os becos escondidos e desembarcadouros são típicos para barcos de pescadores.


* Sale Marasino é um dos lugares prediletos dos turistas devido à sua perfeita localização em frente a Monteisola, um lugar muito pacífica e tranquilo.


* Pisogne era um importante centro comercial na época medieval e guarda uma inusitada história. Na Idade Média os bispos foram proibidos de infligir qualquer punição que causasse ferimentos, por isso usavam a humilhação como um meio de receber o que lhes era devido. Na Praça do Mercado eram dependurados em gaiolas suspensas todos aqueles que deviam impostos que incidiam sobre a caça, pesca, moagem de sal e sobre manufaturas em ferro. Em 1518 inúmeras mulheres acusadas de feitiçaria foram presas na Torre Viúva antes de serem queimadas. Na verdade, eram mulheres que tinham dons divinatórios.

No lado Bergamo, de sul ao norte:


* Sarnico é uma área altamente turística, com belos edifícios e de frente para o lago onde estão bons restaurantes e cafés. Das varandas se pode sentir a brisa que sopra das vinhas.


* Em Paratico o turismo é incentivado por quatro hotéis muito confortáveis. O centro histórico é estendido em uma colina e tem sido mais valorizado principalmente no últimos anos, com os restaurosos de habitações antigas e da paróquia dedicada a Santa Maria Assunta.


* Predore tem belas vistas panorâmicas para o lago e para a vila. A primeira parte do caminho passa por jardins privados para continuar através de florestas de pinheiros até atingir a parede de pedra que os escaladores costumam usar a prática de esportes radicais.


* Tavernola Bergamasca é protegida pelas montanhas e tem um clima suave. Local é de moradias antigas que pertencem a famílias nobres.


* Riva di Solto é uma das localidades mais pitorescas. Algumas ruínas como as do castelo e da torre do século 13, são os traços de um sistema defensivo. A partir do porto existem diariamente conexões para Montisola que lota de turistas a cada verão.


* Castro é a menor aldeia medieval do entorno do lago. Seu centro histórico, com suas ruas estreitas, é construído em torno da antiga igreja Parocchiale S. Giacomo.


* Lovere é uma elegante e pequena cidade no norte do lago onde se pode passear na margem do lago entre jardins e árvores, principalmente à noite.




No extremo sul do lago está o Torbiere, um pântano e agora uma reserva natural, e o Vale Franciacorta que produz o melhor vinho espumante na Itália. Em meados dos anos 1950 um jovem empresário começou a fazer vinho espumante Franciacorta utilizando o método usado na região de Champagne, na França. A segunda fermentação do vinho ocorre na garrafa, um processo que leva cerca de dois anos.

Atualmente o vinho Franciacorta é o único brut italiano produzido exclusivamente com a refermentação na garrafa e a ter a Denominação de Origem Controlada e Garantida, DOCG, o reconhecimento máximo da qualidade e origem para um vinho, assegurando os métodos tradicionais de champanhe em uma das trinta adegas na área. Podem ser realizadas visitas às vinícolas e degustações. Os amantes do vinho se reúnem em setembro para a Festa do Vinho, com degustação, refeições especiais e visitas às caves.

15 agosto 2011

Brescia, la "Leonessa d'Italia"






Localizada entre Milão/Verona na região da Lombardia, Brescia é o ponto de partida para os lagos de Garda e Iseo. Apesar de não fazer parte de roteiros turísticos, a cidade tem uma magia própria que guarda uns atrativos singulares.  






Capitolium: A cidade, que hoje um centro industrial e comercial, foi na antiguidade uma das mais importantes cidades romanas e também do período medieval conhecida como Brixia, que significa lugares elevados. Este fato aparece no esplendor da arquitetura romana, testemunha dos seus mais de 3.000 anos de existência. 

Conhecida popularmente como a "Leonessa d'Italia", dizem que a fundação da cidade está relacionada ao mitológico Hércules depois do cerco de Troia, mas historicamente a cidade foi fundada pelos gauleses.

Juntamente com o teatro e os restos do fórum da cidade, o Templo Capitolino ou Capitolium construído entre os anos 73/74, representa o mais importante complexo de ruínas e vestígios da época romana na Lombardia, e o mais importante testemunho monumental da "Brixia" romana.






Complexo do Museu de Santa Giulia: Após a queda do Império Romano, Brescia foi saqueada pelas forças de Átila no século 5. Um século depois chegaram os lombardos, que conquistaram vastas extensões de terras no norte e centro da Itália. 

O Museu da Cidade está localizado no mosteiro feminino dedicado a Santa Giulia, que, segundo a crença, foi fundado pelo último rei lombardo Desiderius e sua esposa Ansa no ano 753,  .atual Complexo do Museu de Santa Giulia.   

Essa é uma área rica em achados arqueológicos de vários períodos, muitos dos quais pertencem ao período romano e estão bem preservados, em particular o Domus dell’Ortaglia.  






Numa área de 14.000 metros quadrados estão 12.000 peças. Todas as estruturas do antigo mosteiro fazem parte do museu, incluindo a igreja de Santa Maria em Solario, o coro das freiras e a igreja de Santa Giulia. 

No museu são preservados milhares de objetos e obras de arte que vão da Idade do Bronze ao século XIX. Entre as numerosas obras de arte destaca-se a Croce di Desiderio e outras coleções doadas ao museu.

Durante a Idade Média Brescia foi uma comuna livre e em outras épocas fêz parte de possessões de poderosos senhores feudais. Em 1426 se juntou à República de Veneza até a queda da República em 1797. A partir de 1859 Brescia se tornou parte da Itália.






Piazza della Loggia: O Capitolium na Piazza del Foro foi no passado o coração da cidade, mas hoje a Piazza della Loggia é a mais bonita da cidade, um lugar mágico onde pulsa o coração da cidade. Construída no sécolo 15, a praça manteve intacto o seu incrível encanto ao longo dos anos, sustentado hoje por uma iluminação sugestiva. 

Com bares, restaurantes e inúmeros elementos histórico-artísticos, esse é o ponto de partida para descobrir as riquezas de Brescia. Uma delas é o Palazzo della Loggia, junto a outras belas construções e as encantadoras arcadas do século 16. 

Em estilo renascentista-veneziano, o imponente Palazzo della Loggia contém pilastras com ricas decorações. Na parte inferior são realizados eventos musicais. 

Sob o pórtico estão duas fontes feitas de mármore Botticino. O portal dá acesso à vida administrativa da cidade, com o Gabinete do Prefeito e o Salão Vanviteliano acessível ao longo da esplêndida escadaria renascentista. Além de outras salas, encontra-se o histórico Salone Vanvitelliano. 






Do outro lado da praça encontra-se a Torre do Relógio, com seu antigo relógio astronômico do século 15, que representa as horas, as fases lunares e signos do zodíaco. Essa é uma joia única, da época em que se marcavam os ritmos quotidianos e as culturas agrícolas com base na lua e na relação claro/escuro.






Acima do relógio há duas figuras em particular, os famosos "macc de le ure", autômatos de cobre mecanizados que marcam as horas em um sino de bronze com um martelo. Daí vem a expressão “i matti delle ore ou os loucos das horas”. 

Tone e Batista ainda estão trabalhando hoje e talvez entre as batidas ainda se possa ouvi-los sussurrando, enquanto discutem assuntos da cidade. Aos pés da Torre do Relógio está a homenagem às vítimas do atentado na Piazza della Loggia, ocorrido em 28 de maio de 1974.




Palazzo Monte di Pietà Vecchio


Ao lado da praça está o elegante e majestoso Palazzo Monte di Pietà Vecchio. Nas paredes da galeria e na fachada voltada para a praça estão inscrições e achados arqueológicos da época romana, que são considerados como o exemplo mais antigo de lapidação cívica do mundo.

Na Via Gasparo da Salò está o monumento dedicado à Bella Italia. Construído em 1864 por Giovanni Battista Lombardi e doado à cidade por Vittorio Emanuele II, o monumento é dedicado aos 1.000 mortos durante os Dez Dias de Brescia, uma revolta que aconteceu em 1849, antes da unificação italiana.







Piazza del Mercato: Junto à Piazza della Loggia encontra-se a Piazza del Mercato com seus antigos pórticos, que hoje permite as compras em um local muito amplo.  





Palazzo Martinengo Palatini


No início dos anos de 1400 surgiram nessa área alguns vendedores de tecidos, que faziam suas cabanas de madeira. Ao longo dos séculos foram surgindo outras construções, como o Palazzo Beretta, a Igreja da Madonna del Lino, o Palazzo Martinengo Palatini e a grande fonte com a estátua da deusa da abundância. 
 





Durante a Segunda Guerra Mundial os bombardeios danificaram parte das construções, que posteriormente foram reconstruídas.  A partir de q985 a Universidade de Brescia adquiriu o Palazzo Martinengo Palatini, que passou por um longo período de restauração. Desde 2011 a praça foi transformada em zona de pedestres , como parte de um projeto do centro histórico.





Piazza della Vittoria: Logo adiante da Piazza del Mercato encontra-se a Piazza della Vittoria. Inaugurada em 1932, essa praça representa a arquitetura do período fascista. 






Nela estão o palácio do correio, a Torre della Rivoluzione com seu relógio e o Torrione, um dos primeiros arranha-céus da Itália com 60 metros de altura. Diante da torre há uma interessante inscrição, que faz homenagem à Leonessa d'Italia. 






Piazza del Duomo ou Piazza Paolo VI: Nessa praça de origem medieval encontram-se construções históricas, como o Palazzo Broletto de 1223, a torre cívica, o Duomo Vecchio e o Duomo Nuovo. 

Assim como em várias cidades italianas, quando as pessoas sentiam necessidade de uma igreja maior, simplesmente construíam outra ao lado. E assim o histórico Duomo Vecchio ou passou a ser ofuscado pelo imponente Duomo Nuovo. 






Também chamada La Rotonda, o Duomo Vecchio é a antiga catedral de Inverno de Santa Maria Assunta, enquanto a catedral principal adjacente é conhecida como a Catedral de Verão.






Há várias igrejas em Brescia, mas nenhuma tão grande e linda como a Catedral de verão de Santa Maria Assunta, que é a principal igreja de Brescia. Erguida entre 1604/1825 ao lado da primitiva basílica cristã de San Pietro, que remonta ao século V-VI, a nova catederal demorou 200 anos para ser concluída.




Palazzo Broletto


Outra construção de destaque na praça é o Palazzo Broletto, que no passado foi a sede dos senhorios que reinavam sobre a cidade. Hoje é a sede da Administração e Prefeitura de Brescia. Sua construção teve início em 1223, porém o que se vê hoje resulta de uma série de expansões e restaurações.

O nome Broletto teve origem no antigo terreno, que originalmente era uma horta, denominada "brolo", daí a palavra "Broletto". Em 1769 a cidade foi devastada, quando o Bastion de San Nazaro foi atingido por um raio que fez explodir 90.000 kg de pólvora que estava ali armazenado. O incêndio destruiu uma grande parte da cidade e matou 3.000 pessoas.






Pinacoteca Tosio Martinengo:  A melhor arte de Brescia pode ser admirada na Pinacoteca Tosio Martinengo, onde se destacam belas obras de Rafael, Tintoretto e Lorenzo Lotto, assim como muitos artistas locais e manuscritos de Dante. 






A coleção atual inclui mais de 800 obras de pintura e escultura, expostas em 21 galerias. Inaugurada em 1851 no Palazzo Tosio central, a galeria teve início com a coleção do Conde Paolo Tosio, tendo sido enriquecida com outras doações. Em 1884, o Conde Leopardo Martinengo aumentou a coleção de pintura e criou uma biblioteca. 

Brescia teve uma importante participação na história da lyra, do violino e outros instrumentos de corda. Antigos documentos atestam que, no período de 1585 a 1895, a cidade teve uma magnífica escola de músicos e professores de instrumentos de corda.






Castelo: No alto da íngreme Colina Cidneo encontra-se o imponente Castelo di Brescia, de onde se tem uma deslumbrante vista panorâmica do centro histórico e avistar toda a cidade acima de cúpulas e telhados seculares, arranha-céus modernos e as planícies planas de Brescia.

Este foi o local dos primeiros assentamentos da cidade que remonta à idade do Bronze. Desde o século I a.C. os romanos já tinham erguido construções no topo da colina, principalmente um templo cujas ruínas ainda podem ser vistas. 






A Torre Mirabella, com seus 22 metros de altura está situada no ponto mais alto da Colina Cidneo, foi construída entre os séculos 12-13. 
Durante os quatro séculos de domínio veneziano de Brescia, grossas muralhas defensivas, torres e celeiros foram adicionados ao complexo do castelo. 

Até hoje ainda é possível ver o Leão alado de São Marcos, símbolo da República de Veneza, no portão monumental do Castelo de Brescia. Construído sobre fundações romanas, o castelo abriga  o Museu de armas da Idade Média, Museu da ferrovia e um observatório astronômico.

No século 14, os governantes medievais de Milão ergueram uma poderosa fortaleza ou bem ao lado dela. Há uma velha lenda sobre um homem ganancioso que foi amaldiçoado e transformado em um falcão, por isso a colina frequentemente é chamada de Falcão da Itália.






Observatório Astronômico de Cidnea: O primeiro observatório público da Itália está instalado no Bastião de San Marco do Castelo de Brescia. Tem uma cúpula de três metros e uma sala para observação do sol.






Museu de Armas Luigi Mazoli: instalado na fortaleza do século 16, o museu preserva afrescos medievais, ruínas romanas e uma grande coleção de armas e armaduras antigas. 

Entre os séculos 15 e 18, Brescia foi um importante centro de fabricação de armas, então esse é um dos poucos lugares onde se pode admirar armas mortais, mas incrivelmente elaboradas.






Museu do Risorgimento:  O museu mantém uma grande coleção de documentos que retratam o movimento de unificação da Itália no século 19, principalmente do ponto de vista dos acontecimentos ocorridos em Brescia. 

Há também rica documentação sobre a rebelião dos "Dez Dias contra os austríacos" ocorrida em 1849, que acabou dando a Brescia o apelido de Leonessa d'Itália.






Monumento ferroviário: P Junto ao Bastione di San Faustino encontra-se o primeiro monumento ferroviário da Itália. A histórica locomotiva foi colocada na praça principal do castelo, tendo também dois modelos de ferrovias. 







Vinhedos de Brescia: Suavemente embaladas pela brisa fresca que abraça a encosta da colina, as vinhas brilham ao sol e iluminam a cidade com os seus 1000 anos de história, símbolo da sua cultura enológica.






Fundado em 1037 junto às muralhas do castelo, o Vinhedo Pusterla é um dos monumentos mais antigos e prestigiosos da cidade, símbolo histórico e atual de uma cidade trabalhadora, que se orgulha de ter o maior vinhedo produtivo da Europa.

“Pusterla” é um nome antigo, dado para uma porta que dava acesso a túneis secretos através de fortificações e muralhas do castelo e acabou dando o nome ao vinhedo mais antigo da cidade.

As colinas de Brescia e riachos na montanha também são locais ideais para a prática de esportes, passeios e trilhas nos parques naturais, assim como pesca e banhos nos riachos. 






Mille Miglia Storica: Em Brescia acontecem muitas festas e aventos durante o ano, mas o evento mais aguardado é o Mille Miglia Storica, uma corrida de carros antigos que acontece entre os meses de maio/junho. 

Definida por Enzo Ferrari como a corrida dos carros mais belos do mundo, além de ser um desfile de carros de valor inestimável, que só são vistos nessa ocasião, também pode-se admirar os mais de 300 carros construídos entre 1920 e 1950.






Divididos em sete períodos históricos, as classificações são de velocidade e precisão ao longo de pistas de corrida, com saída de Brescia para um percurso de 
 31 horas. É o único evento deste tipo no mundo. 

O Museu Mille Miglia está no monastério de Sant'’Eufemia della fonte, uma construção do ano 1008 que além da elegância arquitetônica guarda sua importância histórica.








01 agosto 2011

Trieste, uma antiga colônia romana





Trieste é uma cidade da região Friuli Venezia Giulia, estando situada em plena fronteira eslovena na parte norte oriental do Mar do Adriático.







O porto de Trieste é um dos maiores e mais importantes do Mar Adriático e foi durante muitos anos a única saída do Império Austro-húngaro para o mar. Por sua história marítima, o Museu Cívico do Mar reúne embarcações, maquetes e instrumentos que mostram sua evolução ao longo da história da navegação. 







O Farol da Vitória é uma imponente obra com quase 70 metros de altura que além de orientar a navegação noturna no Golfo de Trieste também é um monumento em homenagem aos mortos na 1a. Guerra Mundial.









Piazza Unità d'Italia: Recentemente revitalizada, essa é a maior e principal praça da cidade. Também chamada de Piazza Grande, reúne magníficos palácios. O Palazzo del Municipio construído em 1872 com seus grandes arcos.






Palazzo Modello: Sobressai sua Torre do relógio, que serviu de modelo arquitetônico para palácios em outras cidades da Itália e do exterior. Outro palácio, que recebeu o nome de Palazzo Modello, também serviu de modelo para outros palácios.







Casa Stratti: Considerada um monumento de Trieste, a casa foi construída em 1839 pelo comerciante grego Nicolo Stratti. Desde sua inauguração tem no andar térreo o Caffè degli Specchi, que foi frequentado por famosos escritores.







Palazzo Carciotti: Com grandes proporções e beleza, o Palazzo Carciotti serviu de moradia para o grande comerciante grego Demetrio Carciotti. Atualmente é a sede da Capitania dos Portos. 






Grand Hotel Duchi d'Aost: Este hotel já hospedou personalidades ilustres. Embora o prédio seja uma homenagem aos Duques de Aosta, hoje ele é chamado de Palazzo Vanoli.







Castello di Miramare: Trieste tem inúmeros museus de história e arte, igrejas e castelos. O mais conhecido é o Castello di Miramare que foi construído pelo Arquiduque da Áustria e Imperador do México, Massimiliano d'Asbrugo, para ser sua residência em 1856.

Circundado por um grande parque com uma grande variedade de plantas, muitas delas foram trazidas por Massimiliano durante suas viagens ao redor do mundo como almirante da marinha austríaca, mas ele jamais morou ali.







Massimiliano era cunhado da Imperatriz Sissi da Aústria, mas assim como toda corte desprezava a informalidade de Sissi, porém mantinha um quadro com o retrato dela na parede do castelo.

Massimiliano foi assassinado no México e sua esposa ficou louca, sendo confinada em um castelo menor. Depois de concluído, o Castelo de Miramare serviu de moradia para o Duque de Aosta e hoje funciona como Museu da reserva natural da marina.







Castello di San Giusto: Esse castelo é um importante marco da história de Trieste. Construído estrategicamente sobre uma colina, foi concluído por volta do ano 1500. A fortaleza que tinha o objetivo de proteger a cidade, foi utilizada por Napoleão em 1813 e pelos nazistas em 1943 que fizeram do castelo um posto de resistência. 






Atualmente o castelo está restaurado e se tornou um museu de obras de arte e uma magnifica coleção de armas. Somente uma parte do castelo é aberta à visitação pública e dos terraços se tem um amplo panorama da cidade.







Castelli di Duino: O castelo foi de propriedade da familia Della Torre durante quase 420 anos. Construído no século 14, do castelo pode-se desfrutar de um magnífico panorama dos penhascos íngremes com vista para o mar. Durante a ocupação nazista foi usado como posto bélico, tendo em seus jardins um antigo bunker nazista. Desde 2003 é aberto ao público para visitação.







Castelo di Muggia: O castelo com vista para o porto é atualmente de propriedade particular e em algumas ocasiões especiais é aberto ao público para eventos culturais e musicais.

A primeira parte do castelo foi uma torre construída pelo patriarca de Aquileia Marquardo Muggia em 1374. Mais tarde foram adicionadas paredes e uma restauração em 1735. No século 19 o castelo ficou abandonado até que atuais proprietários o levaram de volta ao esplendor original..







No século 2 a.C. Trieste era uma próspera colônia romana chamada de Targeste e ainda conserva um atraente centro histórico com importantes vestígios romanos, como a Basílica Forense do século II, o Templo Capitolino, o Arco de Ricardo e o Teatro Romano.

Trieste só se tornou parte definitiva da Itália a partir de 1975. Toda a região de Trieste e da Eslovênia eram de domínio do Império Austro-Hungaro até 1918, que foi dissolvido pela 1a. Guerra Mundial. 






Entre 1921 a 1924 a Itália anexou Trieste e a região de Istria e o estado facista italiano impôs a italianização da região que tinha italianos, eslovenos, judeus e croatas. Em 1943 grande parte da região do Friuli foi ocupada por tropas alemãs e quando os alemães se renderam em 1945, a Iugoslávia reclamou a região.

Somente em 1975 foram encerradas as disputas entre Iugoslávia e Itália. A região foi dividida em 2 zonas: a Zona "A" passou a pertencer à Itália e a Zona "B" ficou sob o domínio da Iugoslávia. Com a decadência do comunismo no Leste Europeu, a Zona "B" foi redividida entre a Eslovênia e a Croácia.






A Risiera di San Sabba é uma antiga construção de 1913, sendo atualmente o edifício funciona como Museu Cívico. Durante a ocupação nazista o prédio foi usado para aprisionar pessoas, antes de serem enviadas para o campo de concentração de Auschwitz.

Naquela época, a região estava sob o controle do Reich III e era considerada uma zona de operações bélicas. Calcula-se que cerca de 5.000 pessoas tenham morrido ali entre 1943/1945.


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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.