09 agosto 2018

Arquipélago de Egadi







A costa em torno da Sicília é entremeada de baias e de várias praias de águas cristalinas e transparentes, mas as atenções se voltam para as diversas ilhas no meio do mar. 

Conhecidas desde a antiguidade como Ilhas Aegates, essas ilhas junto à costa de Trapani fascinam turistas de todo mundo, não só pelo clima temperado mas principalmente pelos belos cenários naturais.






De Trapani partem velejadores, barcos e ferries levando turistas para o arquipélago de Egadi, que é composto pelas ilhas Favignana, Levanzo e Marettimo e um punhado de rochas e ilhas menores (Isola di Maraone, Isola Formica, Isola dello Stagnone, Ilha Galera, Isola Galeotta e Fariglione), que para os gregos representava os limites do mundo conhecido na época.  

De grande interesse arqueológico, histórico e naturalista, vestígios pré-históricos de antigos assentamentos humanos foram encontrados em algumas dessas ilhas.





Favignana

Há 12.000 anos diversos povos estiveram na ilha Favignana, que ainda preserva traçentenas de navios cartagineses durante a Primeira Guerra Púnica.






Com muitas torres de observação e fortalezas, foi chamada na antiguidade Ilha de Favonia. Na Idade Média a ilha foi dominada pelos árabes, que fizeram ali a sua base para a conquista islâmica da Sicília. Em seguida chegaram os normandos, que em 1081 construíram as fortificações.






A ilha já foi famosa devido à pesca do atum, mas hoje vive mais do turismo. Os monumentos mais famosos da ilha é o Palazzo Florio construído em 1876, o Museu do Mar e a famosa Tonnara, um complexo de pesca para capturar atuns que funcionava até poucos anos atrás. A parte urbana é plana e pode ser percorrida de bicicleta.






No alto de uma colina está o Castello di Santa Catarina, que foi construído no século 12 pelos normandos para defender a ilha de ataques piratas. Posteriormente foi usado como prisão. 

Solitário, lá do alto oferece um belo panorama da região. Uma peculiaridade da ilha são as enormes colunas de pedra esculpidas que se erguem na costa.





Favignana

As dunas branquinhas e os rochedos entre a Cala Rossa, Cala Azzurra, Lido Burrone, Plaia, Punta Sottile e Bue Marino é um convite para mergulhos. Uma de suas atrações é a esplêndida Grotta Perciata. Através de uma abertura na parte superior da gruta, entra a luz do sol que provoca um brilho espetacular nas águas.





Levanzo 

Menor ilha do arquipélago Egadi e a mais próxima de Trapani, a maioria das casas de Levanzo são brancas e fazem um belo contraste com as águas cristalinas do mar onde circulam barcos coloridos. Restaurantes servem os mais variados pratos com peixes e frutos do mar fresquíssimos, num clima muito acolhedor.





Levanzo


Mergulhando na enseada Cala Minnula, pode-se estar diante das ruínas de um antigo navio romano. Com uma variedade de grutas, na Grotta del Genovese foram descobertas pinturas rupestres com mais de 11.000 anos. O nome grego dado à ilha se refere a abundância de ervas que perfumam a ilha.





Marettimo
 

Marettimo é a ilha mais distante de Trapani, onde o tempo passa devagar e não há pressa. Imersa no mar de cor turquesa, uma série de baías e enseadas acessíveis apenas por mar apontam para um distante passado. Segundo povos antigos o lugar era sagrado. Um escritor inglês afirmava que a ilha era a antiga Itaca, onde ficava a casa do heroi grego Ulisses.





Marettimo



Na ilha há apenas um punhado de casas de pescadores, alguns restaurantes e o Castello di Punta Troia, que no passado foi uma prisão. Recentemente restaurado, está destinado a atividades culturais. 

Várias placas de madeira indicam uma série de trilhas que percorrem a ilha. Quem se aventura nas longas caminhadas pelas montanhas é agraciado com um panorama deslumbrante.





Marettimo -Castello di Punta Troia



Há poucos carros e bicicletas, mas há um punhado de barcos que servem como opção para conhecer o entorno da ilha e suas inúmeras grutas, como a Grotta Cammello e a Grotta del Tuono, além de outras centenas de grutas marinhas. Depois de perambular pela ilha, nada melhor que uma granita, uma espécie de gelato, para admirar o pôr do sol...






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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.