Spaccanapoli é uma rua estreita e tão longa, que ao longo do seu percurso vai mudando de nome. Corresponde à Via Forcella, Via Benedetto Croce, segue como Via San Biagio dei Librari e finaliza como Via Pasquale Scura no Quartieri Spagnoli.
Em sua extensão há imponentes palácios antigos, museus, igrejas e mosteiros seculares, mas também muitos lugares interessantes, tornando-se verdadeiramente um museu ao ar livre. Em cada esquina há algo interessante.
Um desses lugares é a Piazza Gesu Nuovo, um amplo espaço onde encontra-se a Igreja del Gesu Nuovo, o Chiostro delle Clarisse ou Mosteiro de Santa Clara, a igreja de Sant'Anna dei Lombardi e outras destacáveis construções.
Em sua extensão há imponentes palácios antigos, museus, igrejas e mosteiros seculares, mas também muitos lugares interessantes, tornando-se verdadeiramente um museu ao ar livre. Em cada esquina há algo interessante.
Um desses lugares é a Piazza Gesu Nuovo, um amplo espaço onde encontra-se a Igreja del Gesu Nuovo, o Chiostro delle Clarisse ou Mosteiro de Santa Clara, a igreja de Sant'Anna dei Lombardi e outras destacáveis construções.
Guglia dell' Immacoltata
A praça é marcada pela Guglia dell' Immacoltata, uma das expressões religiosas mais marcantes de Napoli. As altas estruturas decoradas com anjos e outros elementos, tendo um santo na ponta do obelisco são poucas, mas muito expressivas. Essa é a Guglia mais importante, a mais alta e mais monumental de outras existentes na cidade.
O obelisco foi construído a pedido dos jesuítas em 1743, para invocar a proteção da santa contra a praga que se espalhou pela cidade. Com muitos relevos e medalhões, no topo há uma imagem da santa em cobre. A cada ano em 08 de dezembro a população se reúne para homenagear a Imaculada, quando é colocada uma coroa de flores no topo do obelisco.
Igreja del Gesu Nuovo
Essa igreja que dá nome à praça tem uma fachada um pouco diferente das demais igrejas de Napoli. Na verdade o prédio hoje ocupado pela igreja começou a ser erguido em 1470, para ser a residência de Roberto Sanseverino, Príncipe de Salerno e de sua família.
Porém seu filho Fernando Sanseverino se opôs à instituição dos tribunais da Santa Inquisição no Reino de Nápoles, o que resultou num conflito com o vice-rei espanhol Pedro de Toledo.
Em vista disso, toda a família foi exilada e teve seus bens confiscados. Posteriormente o Palazzo Sanseverino foi cedido para os jesuitas, que o transformaram numa igreja.
A fachada de cantaria de ponta de diamante foi mantida e apenas acrescentaram as capelas e a cúpula. Seu interior é maravilhoso, tendo destaque o altar mor ricamente decorado.
Também conhecida por Trinità Maggiore, essa igreja foi chamada de Gesu Nuovo por já haver outra igreja dedicada a Jesus, que passou a ser chamada Igreja Gesu Vecchio.
Chiostro delle Clarisse
ou Mosteiro de Santa Clara
Também na praça encontra-se o Mosteiro de Santa Clara, construído entre 1310/1328 a pedido da esposa do rei Roberto d’Angiò, sobre o terreno ocupado pelas antigas termas romanas. É a maior basílica gótica da cidade, ladeada por quatro magníficos claustros decorados e ajardinados pertencentes ao antigo mosteiro.
Ao longo dos séculos o complexo foi sendo expandido, tendo adquirido sua arquitetura no século 18. Durante os bombardeios na Segunda Guerra Mundial foi quase totalmente destruído, sendo restaurado à sua forma gótica original em 1953.
O convento é modesto, mas o pátio monástico na parte de trás da igreja é maravilhoso. O azulejo maiolica é característico da escola de cerâmica napolitana. Na fachada principal voltada para a Via Benedetto Croce, há um belíssimo portal gótico do século 14.
Na basílica encontram-se os túmulos do rei Roberto I de Nápoles e de sua esposa, a rainha Sancha de Maiorca, assim como o Mausoléu da família Bourbon. O interior da Basílica é simples e austero, típico da arquitetura franciscana.
Piazza Monteoliveto
Fontana di Monteoliveto
A movimentada Piazza Monteoliveto um pouco adiante é marcada pela Fontana di Monteoliveto. Embora essa fonte esteja sempre coberta por pichações, ela é um importante monumento erguido em 1699. No topo da fonte está uma escultura do rei Carlo II da Espanha.
Complexo religioso
Santa'Anna dei Lombardi
Na praça está a Igreja Santa'Anna dei Lombardi, também conhecida como Igreja Santa Maria di Monteoliveto, uma antiga igreja que surgiu originalmente no princípio da década de 1400.
Anos depois foi mudada de lugar, época em que teve seu nome mudado em 1798. Em 1805 um terremoto provocou a perda de três pinturas de Caravaggio retratando San Francesco.
Apesar de ser uma igreja pequena, sempre foi a igreja favorita da família real aragonesa. Repleta de esculturas, acredita-se que os rostos da esculturas tenham sido modelados em membros da corte aragonese.
A velha sacristia, antigo refeitório do convento, contém afrescos feitos por Giorgio Vasari no século 15, um pintor e arquiteto proveniente da Toscana, que tinha um humor insuperável. As paredes foram decoradas com incrustações de madeira, representando instrumentos musicais e outras cenas.
Palazzo Orsini di Gravina
Junto à praça está o Palazzo Orsini di Gravina, que foi encomendado pelo nobre Ferdinando Orsini e construido entre 1513/1549. Ao longo dos séculos o palácio passou por restaurações, porém manteve a fachada original em pedra rústica, assim como os nichos na parte superior com os bustos dos familiares. A partir de 1940 passou a pertencer ao governo e hoje é sede da Faculdade de Arquitetura.
Piazza Matteoti
Biblioteca Emeroteca Tucci
A poucos metros adiante chega-se à Piazza Matteotti, onde encontra-se a Biblioteca Emeroteca Tucci. Nesse local há uma enorme quantidade de livros, publicações etc.
Calcula-se que existam 300.000 livros e coleções em suas prateleiras, sendo alguns muito raros e únicos no mundo. Mesmo que não se interesse por livros, aproveite para admirar esse lindo lugar.
Fundada em 1907 por alguns jornalistas, entre eles Vincenzo Tucci, a princípio as coleções eram guardadas no Palazzo Orsini di Gravina. Com o passar dos anos, a biblioteca recebeu muitas doações, o que gerou a necessidade de ter um espaço maior para conservar as publicações. Desde 1999, o Arquivo do "Tucci" é considerado pelo Ministério do Patrimônio Cultural, de considerável interesse histórico.
Igreja de Santa Maria Donnalbina
Vários becos desembocam na avenida Monteoliveto, sendo um deles o Vico Donnalbina. Embora seja um local escuro e mal cuidado, nesse beco está a bela Igreja de Santa Maria Donnalbina. Esse é um dos complexos eclesiásticos menos conhecidos de Napoli, mas um dos mais significativos exemplos barrocos da cidade.
Precedida por um átrio, em seu interior há quatro capelas e um espetacular teto de madeira dourada com belas pinturas. O antigo altar do século 17 contém uma escultura em madeira representando a Imaculada.
No lado esquerdo da entrada está o monumento fúnebre do músico Giovanni Paisiello, esculpido em 1816. O antigo mosteiro inspirou uma das lendas mais evocativas de Napoli.
Segundo contam, três irmãs Donna Romita, Donna Regina e Donna Albina se apaixonaram por um mesmo homem. Porém, devido à inviabilidade de dividi-lo para as três, elas resolveram se tornar freiras.
Donna Albina fundou a ordem monástica na Igreja Santa Maria Donnalbina; Donna Romita fundou a ordem da Igreja de Santa Maria Donnaromita e Donna Regina teria iniciado a ordem da Igreja de Donnaregina Vecchia na Via Duomo.
Palazzo Penne;
o Palazzo del Diavolo
No Vico Donnalbina também encontra-se o famoso Palazzo Penne construído no século 15, sobre o qual paira uma lenda. Também chamado de Palazzo del Diavolo ou Palácio do Diabo, segundo contam o conselheiro do rei Ladislao D'Angiò, Giovanni di Penne, se apaixonou por uma linda jovem que era cortejada por muitos homens ilustres.
Ao lhe propor casamento, a bela jovem disse que, se ele construísse um belo palácio em apenas uma noite, ela se casaria com ele. Talvez ela achasse que isso seria impossível, porém ele pediu ajuda ao diabo, prometendo-lhe sua alma em troca. No entanto, isso só iria acontecer se o diabo conseguisse coletar todos os grãos de trigo polvilhados no chão.
O diabo cumpriu sua parte e ajudou Penne a construir o palácio em apenas um anoite. Porém ele derramou uma grande quantidade de trigo por todo o palácio e o diabo não conseguiu recolher os grãos e teve de desistir da sua alma. Para se livrar do diabo, Penne fez o sinal de uma cruz no chão, onde se abriu um buraco fundo que ainda está lá.
Apesar de estar em estado de degradação, o palácio ainda pode ser admirado. No pátio interno há uma varanda com muito mato. Na fachada, cada tijolo tem um desenho diferente. Em sua entrada há uma porta de carvalho, que é o único exemplo de artesanato com pontas de aço chamado "Peroni".
Destaca-se o brasão de armas, onde consta uma gravação superticiosa: " Avi Ducis Vultu Sinec Auspicis Isca Libenter Omnibus Invideas Nemo Tibi ” ou " Você que não volta seu rosto e não olha de bom grado esse palácio, é um invejoso, inveja todos mas ninguém inveja você... "
Palazzo dei Duchi di Casamassima
Outro palácio que chama atenção nessas imediações é o Palazzo dei Duchi di Casamassima. Erguido em meados de 1570 e restaurado ao longo dos séculos, atualmente é um prédio de apartamentos.
A expansão do palácio no século 18 resultou na construção de um terraço, o que ocasionou uma interminável disputa com o Cardeal Filomarino, que residia no Palazzo Giusso.
Complexo Santa Maria la Nova
Junto à Igreja Donnalbina encontra-se o Complexo Santa Maria la Nova (já citado no post Nápoles 13). Nesse mosteiro franciscano, que existe desde o século 13, paira uma lenda ou hipótese de que no claustro estaria o Musoléu do Lord Vlad III de Valacchia falecido em 1476, mais conhecido como Drácula.
Se esse fato é uma lenda, ainda não se sabe, porém há pesquisadores que dizem que os relevos esculpidos no mausoléu que reforçam a teoria. Segundo contam, dentro no mausoléu há sequências numéricas e figuras esotéricas indecifráveis.
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