11 dezembro 2019

Milano 9 Estação Central




Estação Central

Situada na Piazza Duca d'Aosta, da estação partem trens para outras cidades da Itália e cidades europeias e os ônibus que fazem a conexão com o Aeroporto Internacional de Malpensa, que fica a uns 50 km da cidade.






A estação parece mais um grande shopping: limpa, organizada, cheia de lojas e de cafés. Impressionante são os detalhes das esculturas da estação, que misturam símbolos artísticos, deuses gregos e símbolos zodiacais. 






Muitas pessoas passam apressadas por essa área e talvez nem notem o quanto é belo esse imenso paredão coberto de esculturas, mas foi algo que me chamou atenção. E como não poderia deixar de ser, o deus Hermes no hall de entrada protege os viajantes. Mas a melhor viagem em Milão é a viagem no tempo...






Milão é uma cidade que esbanja requinte e elegância, mas também guarda um marco importante na história do cristianismo, o que se pode constatar pela existência de dezenas de igrejas em Milão. 

Chamada na antiguidade de Insúbria e depois Mediolanum, no local havia uma cidade celta desde 600 a.C. que foi conquistada pelos romanos em 222 a.C. 

Quase 500 anos depois, o Imperador Romano Dioclesiano decidiu dividir o Império Romano em Ocidental e Oriental.






Declarada pelo Imperador Dioclesiano como a Capital do Império Romano do Ocidente, seu amigo Maximiniano indicado para governar a cidade. Imediatamente o novo governador mandou construir diversos monumentos gigantescos. 

Um grande circo, as termas Erculee, um grande complexo de palácios imperiais e outros edifícios, dos quais atualmente restam poucos vestígios nas proximidades do Parco delle Basiliche, surgiram nessa época.

Assim como todas as cidades romanas, Milano era cercada por uma longa muralha, que posteriormente foi ampliada na época medieval e no período espanhol. O acesso à cidade era feito por vários portais, como:

Porta Giovia, Porta Vercellina, Porta Ticinese, Porta Romana, Porta Herculea, Porta Orientale, Porta Nuova, Porta Comasina, Porta Venezia, Porta Garibaldi e outras, das quais ainda existem algumas.





Conversão do Imperador Constantino

A partir do ano 303 o Imperador Diocleciano decretou uma sangrenta perseguição aos cristãos do Oriente, que se estendeu sobre o Ocidente. Ele estabeleceu que todos deveriam reverenciar as divindades romanas; quem desobedecesse seria condenado à morte. A partir disso, todas as igrejas e símbolos cristãos foram destruídos e os cultos cristãos proibidos.  

Essa foi uma época considerada Era dos Mártires, quando muitos cristãos foram cruelmente torturados e assassinados como San Sebastiano, Santa Lucia, Santa Inês, os gêmeos Cosimo e Damiano, San Giorgio, San Pancrázio, os Papas Marcelino e Marcelo I e muitos outros. Alguns anos depois o Imperador Dioclesiano ficou severamente doente e teve de abdicar do trono.





Nomeado para governar o Império do Oriente, Constantino depois conquistou o Império do Ocidente. Segundo antigos relatos, antes de uma batalha Constantino leu numa cruz: "Sob esse símbolo vencerás". Logo o imperador mandou pintar o sinal da cruz nos escudos de seus soldados e venceu a batalha. 

Constantino entrou para a história como o primeiro imperador romano a se converter ao cristianismo, principalmente por influência de sua mãe que mais tarde tornou-se Santa Helena. 

No Oriente a perseguição aos cristãos terminou oficialmente em 30 de abril de 311 e no Ocidente em fevereiro de 313. A partir disso Constantino publicou o "Édito de Milão" concedendo liberdade religiosa para os cristãos.





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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.