19 setembro 2011

Ilhas Borromeo





O Lago Maggiore, entre a Itália e a Suiça, é um dos maiores lagos da Itália. E é nessas águas límpidas e azuis que está Borromeo, um grupo de três pequenas ilhas e dois ilhéus na parte alpina italiana do Lago Maggiore. Localizadas entre as cidades de Verbania na Lombardia e Stresa no Piemonte,  as Isole Borromeo, com suas vilas e jardins, parecem ter saído de um conto de fadas.

O pequeno grupo de ilhas pitorescas foi comprado no século 16 pela rica família aristocrática Borromeo, que transformou ao longo dos anos o cenário do Lago Maggiore, acrescentando jardins e outras notáveis arquiteturas.  Ainda hoje a familia Borromeo é proprietária de algumas das ilhas, como a Isola Madre, Isola Bella e Isola dei Pescatori. Sendo uma atração turística da região, cada ilha reserva uma experiência única e diferente.







Atualmente, o Palazzo Borromeo é aberto aos visitantes que queiram admirar seus ambientes elegantes e suntuosos, com valiosas obras de arte, tapeçarias, móveis, estátuas, pinturas e estuques. Há também um subsolo incomum em mosaico.

Os jardins formam um monumento extraordinário, com flores dispostas sobre uma série de terraços ornamentados e que se sobrepõem, um exemplo clássico e inimitável do século 17. Contendo muitas plantas raras e exóticas, o florescimento é planejado para garantir que esteja sempre cheio de cores e aromas de março até outubro.

Borromeo, cujo nome original era Vitaliani, teve um feudo do Visconti no século 15 e em várias regiões ao longo do Lago Maggiore. Vitaliano Borromeo foi o primeiro a ter a ideia de construir um projeto numa ilha que fosse incrivelmente linda. A ideia só se tornou realidade em 1632, quando Carlo Borromeo III iniciou a construção de um grande palácio dedicado à sua esposa, Isabella D'Adda, dando o nome à ilha de Isola Bella.

A construção foi interrompida devido a uma grave epidemia que assolou a região e só tomou impulso quando a ilha passou para os filhos, o Cardeal Giberto III e Vitaliano VI, que viveram entre 1620 a 1690. Concluída a obra, o palácio se tornou numa casa de campo onde eram realizadas suntuosas festas para a nobreza europeia. O sobrinho Carlo Borromeo IV completou a obra com lindos jardins, terraços e anfiteatro. Quando Giberto Borromeo IV herdou a ilha, recebeu a visita de Napoleão com sua esposa.







A Isola Madre é a maior das três ilhas Borromeu. Cativante e pacífica, a ilha já foi conhecida como Isola di San Vittore e foi uma parte vital do lago de defesa nos tempos medievais. Infelizmente o velho castelo e da igreja de San Vittore não existem mais, tendo sido substituído pelo suntuoso jardim botânico.

A vila de Isola Madre foi aberta ao público em 1978, depois da redecoração com mobiliário de várias residências da família Borromeo. Os visitantes podem admirar pinturas originais de alguns dos maiores artistas da Lombardia, bem como uma coleção de bonecos e fantoches que remonta ao século 17.

Reconhecida por uma incrível variedade de plantas raras e flores exóticas, a Isola Madre é um refúgio seguro para os pavões, papagaios e faisões. Explorar este paraíso natural, rodeada de aves exóticas e belas flores como azaléias, rododendros e camélias, é verdadeiramente uma experiência única.







A Isola dei Pescatori ou Ilha dos Pescadores não é tão luxuosa quanto as outras duas Ilhas Borromeo, mas tem um encanto singular. A ilha tem resistido ao teste do tempo e manteve o olhar de uma antiga aldeia de pescadores, com casas simples, mas elegantes e estreitas ruelas que levam até um pequeno porto. As mesmas famílias vivem ali há gerações e os turistas são benvindos. Durante o outono e início do verão, os restaurantes da ilha estão repletos de visitantes.


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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.