27 outubro 2019

Napoli 27 Parco Nazionale del Vesuvio




Em qualquer lugar que você estiver em Napoli, o Vesúvio estará sempre à vista. Imponente, grandioso e localizado a 9 km do centro da cidade, quem gosta de curtir a natureza e queira realizar um passeio diferente, com certeza irá se encantar com as belezas do Parco Nazionale del Vesuvio. 

O caminho para chegar ao topo do Monte Vesúvio é feito em duas etapas: a primeira é feita através de ônibus ou carro, porém a segunda etapa deve ser feita através de uma caminhada que exige um pouco de esforço físico. 






A distância a ser percorrida a partir da entrada do parque até a cratera é de aproximadamente 800 metros, no entanto, ainda que o trecho seja curto, o caminho inclinado com pedras e areia pode se tornar escorregadio. Quem preferir pode se apoiar nos corrimãos de madeira, que oferecem mais segurança. 

Às vezes pode surgir uma nuvem, algo bem comum a uma altitude de 1.281 metros acima no nível do mar. Em dias mais quentes, logo as nuvens se vão e cedem lugar para uma vista maravilhosa de todo o golfo. Paredões cobertos com vegetação emolduram o cenário, deixando o visual ainda mais incrível.






Chegar até a boca de um vulcão pode parecer loucura, mas é impossível descrever a sensação de estar diante de uma cratera de 600 metros de diâmetro e 300 metros de profundidade. Por estar ainda em atividade é possível ver as fumacinhas saindo entre as rochas e sentir o cheiro de enxofre pelo ar. 

Porém não é preciso ter medo, pois o vulcão é monitorado durante 24 horas por dia pelo Observatório Vesuviano, que registra qualquer possibilidade de atividade sísmica. Mesmo sendo considerado o vulcão mais perigoso do mundo, em seu entorno vivem mais de 3 milhões de pessoas.  






O Vesúvio é o único vulcão na Europa continental a ter entrado em erupção nos últimos 100 anos. A última erupção ocorreu em 1944, tendo ocorrido outras vezes no mesmo século, como em 1929 e 1906. 

Através dos tempos, muitas outras erupções foram registradas, mas nenhuma foi tão violenta como a erupção que ocorreu em 24 de agosto do ano 79, surpreendendo uma população estimada em quase 20.000 habitantes, que não sabia que aquela montanha era um vulcão ativo. A explosão do Vesúvio foi tão violenta que pode ser observada inclusive em Roma a 200 km de Pompéia. 




 

Pompéia 

Pompéia era uma cidade culta, calma e próspera, onde a produção de uvas e lã garantiam o sustento das pessoas. Nos templos as pessoas prestavam homenagem aos deuses greco-romanos Apolo, Júpiter, Vênus e à deusa egípcia Ísis. 

De repente uma enorme explosão assustou a cidade, que jamais poderia supor que numa erupção as pedras incandescentes pudessem cair sobre a cidade como balas de pequenos canhões, numa distância de 25 km. Os que sobreviveram à queda das pedras morreram asfixiados pelo gás tóxico lançado pelo Vesúvio e, após três dias, Pompeia, Ercolano e Stabia estavam soterradas. 






As pessoas que conseguiram sobreviver escapando por embarcações, quando retornaram nada mais encontraram. Após ter sumido do mapa, Pompéia permaneceu enterrada até o século 18. 

Quase 1700 anos depois, escavações revelaram objetos de arte, pinturas e mosaicos espalhados por mais de 1 milhão de metros cúbicos de construção, afrescos, mosaicos, grafites nas ruas, templos, tabernas, teatro, mansões etc.






Escavações revelaram posteriormente as termas e um sistema hidráulico para transportar a água por toda a cidade, através de aqueduto do rio Abellinum. Seus vestígios revelam como era a vida na cidade naquele tempo, com as ruas de pedra que até hoje conservam as marcas das carruagens romanas. 

A rara característica do fato de ter sido encoberta somente por cinzas, e não por lava, mostra uma impressionante cidade conservada. De fato os corpos encontrados petrificados, ainda nas mesmas posições da época, constituem-se uma visão mórbida e triste e registram até mesmo a expressão facial de horror e surpresa. 






As pinturas e afrescos mantiveram-se praticamente com a mesma vivacidade de suas cores originais e, excetuando-se as madeiras que se queimaram, todas as alvenarias e pedras das construções permaneceram intactas. 

Segundo narrou um historiador da época, Plínio o Jovem que assistiu à erupção a distância, era possível ouvir o lamento das mulheres, o choro das crianças e o grito dos homens.






A cidade que pertenceu ao berço da moderna civilização ocidental - as cidades romanas, tem uma fascinante similaridade com as metrópoles atuais: ruas pavimentadas e planejamento urbano projetado para prover uma cidade extremamente organizada. 

As ruas desembocam sempre num templo e ainda são visíveis os sinais vermelhos pintados nas paredes que anunciavam a próxima luta de gladiadores e slogans políticos para a próxima eleição que jamais se realizou, como também os murais de mulheres nuas no bordel "Vico del Lupanare".






As ruínas dão a visão de vilas, fontes, templos, edifícios públicos e uma grandiosidade que assinalam a fartura que Pompéia vivia, com casas e mansões luxuosas que possuíam átrios ajardinados, iluminação natural, ventilação e ótimas instalações. 

Os templos para os deuses romanos conviviam com os bordéis. Desenhos obscenos de posições sexuais serviam de opção para o cliente apontar e pedir determinado serviço. Havia um clube chamado Terma, onde os habitantes reuniam-se à noite sob lâmpadas a óleo.






Das construções monumentais tem destaque um anfiteatro com capacidade para 5.000 pessoas, além de banhos e banheiros públicos, mercado, opções de lazer e salões de jogos. Os boêmios frequentavam as tavernas que se prolongavam por uma rua através de um balcão. 

Entretanto, durante o domínio dos romanos, em vez de teatros e musicais dos tempos dos gregos, eles preferiam as lutas sanguinárias dos gladiadores que gozavam de popularidade semelhante à dos astros do esporte dos tempos atuais e tinham até torcida organizada.








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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.