11 dezembro 2019

Milão 2 Catedral de Milão






Catedral

O ponto turístico mais visitado e símbolo de Milão é a famosa Catedral na Piazza del Duomo, que é a maior catedral da Itália e uma das maiores e mais belas catedrais góticas do mundo. 

Seu esplendor arquitetônico é notável em muitos aspectos. Foi construída desde 1386 e concluída em 1965, tornando-se uma obra fantástica que reflete apropriadamente a criatividade e a ambição da cidade.





A construção da catedral foi iniciada pela parte de trás e em toda a construção foi empregado o maravilhoso mármore Candoglia, que viajava através de um canal que chegava praticamente perto da obra. 

Para supervisionar a construção, o duque instituiu a Veneranda Fábrica do Duomo que ainda hoje é responsável pela conservação, manutenção e obras de restauração da catedral. É a única igreja do mundo proprietária de sua própria marmoraria.





No subterrâneo da catedral encontram-se vestígios da época romana e das antigas basílicas de Santa Tecla e de Santa Maria Maggiore que antes ocupavam o local. O início da construção foi apoiado pelo Duque Gian Galeazzo Visconti, que na época governava a cidade. 

Ele deu impulso à obra e ficou famoso na história por seus delírios de grandeza. Depois da morte do duque em 1402 as obras da catedral prosseguiram lentamente, até que entre o final dos anos 1400 e princípio de 1500 o interior foi completado e decorado.






Logo na entrada o portal esculpido chama atenção pelos finos detalhes. O interior da catedral é deslumbrante. Adornado com belíssimas obras de arte, imagens de santos, profetas e outros personagens bíblicos, do solo ao teto são 45 metros sustentado por 40 colunas que realçam seu esplendor.






O altar colossal é dedicado a San Giovanni Buono, que foi um bispo de Milão no século 7. Acima do altar pode-se notar uma luz vermelha, que marca um nicho onde está o Santo Prego da crucificação de Jesus. Segundo contam, o prego foi trazido do Extremo Oriente em 326 por Santa Helena, a mãe do Imperador Romano Constantino.

Em 1576 foi instituído um ritual depois que uma praga assolou a cidade, sendo o ritual mais importante da catedral. Uma vez por ano, durante a Festa da Exaltação da Santa Cruz em meados de setembro, o prego é retirado do nicho numa cerimônia realizada durante a missa, seguida por uma procissão nas ruas próximas. Por segurança o prego sempre é mantido no alto.






A penumbra do interior dá destaque aos belíssimos vitrais que contam histórias de santos e profetas. Sarcófagos de famílias nobres milanesas enriquecem as várias capelas laterais.






Dentre as imagens no interior destaca-se a famosa imagem de San Bartolomeu que morreu esfolado vivo e foi retratado segurando a própria pele como um manto e o evangelho nas mãos.






Destaca-se o Candelabro Trivulziano do século 12, uma incrível obra de bronze que traz na parte inferior, os doze signos do zodíaco, os vícios e as virtudes, cenas do Antigo Testamento e os Três Reis Magos. Interessante é uma linha de bronze no piso do lado oeste da catedral, que funciona como um relógio de sol quando os raios de luz percorrem com precisão os signos do zodíaco.






A fachada perolada foi construída no século 17 e adornada por 135 pináculos, 3200 imagens esculpidas e milhares de detalhes extravagantes. A parte externa foi completada com a cúpula no século 18, quando foi colocada a "Madoninna" em 1774. 

Apesar da construção ter demorado mais de 400 anos, os construtores foram obrigados a terminar a fachada em apenas 8 anos por ordem de Napoleão, que desejava a sua coroação como rei da Itália em 1813 na catedral. 






Através de uma escada no lado externo, tem-se acesso aos estreitos corredores que levam ao telhado de mármore que permite andar inteiramente sobre ele. Há vários pontos de observação e, uma vez lá encima, é possível fazer belas fotos.  Confesso uma verdade: é uma emoção única estar lá no alto!  






Do alto da catedral tem-se uma bela vista panorâmica da cidade e uma visão mais detalhada das 180 esculturas que enfeitam cada pináculo e dos detalhes que mostram a dimensão exata da grandiosidade dessa construção. Também pode-se observar a famosa "La Madonnina", a imagem dourada de Santa Maria Nascente assentada sobre a torre principal.




La Madonnina

Segundo contam, na época da colocação da "Madoninna" na torre houve muita discussão em torno de sua instalação. Além do medo que ela pudesse atrair raios por ser de metal, também receavam que a estrutura não suportasse seu peso e pudesse ruir. De longe a Madonnina parece pequena, porém ela tem 4 metros, pesa quase 900 quilos e está a 104 metros de altura.






Desde a sua instalação em 1774 tornou-se um símbolo da cidade. Alguns anos depois foi instituída uma lei que nenhuma construção em Milão poderia ser mais alta que a Madoninna. Na verdade, por trás dos sentimentos religiosos haviam segredos que escondiam problemas que poderiam afetar as estruturas da catedral e dos edifícios naquela área. 

A poucos metros da superfície havia um lençol freático que poderia exercer forte pressão nas camadas do subsolo. Muitos anos depois, quando foi construído o primeiro aranha-céu de Milão, embora ele estivesse longe da área foi obrigado a respeitar a tradição e colocar uma cópia da Madoninna no topo, que depois foi removida.




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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.